Denúncias de ex-diretor podem impactar balanço da Petrobras
Recentes denúncias de corrupção têm potencial para impactar as demonstrações contábeis da empresa
Da Redação
Publicado em 17 de novembro de 2014 às 09h30.
São Paulo - A Petrobras disse nesta segunda-feira, horas antes de uma conferência para falar sobre o controverso balanço do terceiro trimestre, que as recentes denúncias de corrupção têm potencial para impactar as demonstrações contábeis da empresa.
"O ex-diretor de Abastecimento da companhia, Paulo Roberto Costa... fez declarações que, se verdadeiras, podem impactar potencialmente as demonstrações contábeis da companhia", disse a Petrobras em anúncio publicado em jornais nesta segunda-feira.
Costa prestou depoimento com delação premiada à Polícia Federal e à Justiça em que detalhou suposto esquema de corrupção e desvio de verbas em contratos da estatal.
Diversos analistas já apontam riscos financeiros crescentes com o aprofundamento das investigações da operação Lava Jato, da PF, incluindo eventual necessidade de baixas contábeis envolvendo projetos com suspeitas de corrupção, o que implicaria em redução de pagamento de dividendos.
Também nesta segunda, a Petrobras informou que sua produção de petróleo no Brasil subiu 9 por cento no terceiro trimestre ante igual período do ano passado, a 2,09 milhões de barris por dia (bpd), segundo comunicado.
A petroleira, que disse na semana passada que atrasaria a publicação de seus resultados trimestrais, havia informado que apresentaria os dados operacionais nesta segunda.
Às 11 horas desta segunda, haverá uma teleconferência para analistas e investidores seguida de coletiva de imprensa na qual executivos da companhia comentarão os resultados operacionais e informações sobre o adiamento da divulgação das demonstrações contábeis.
Segundo a Petrobras, foram conectados 15 novos poços produtores no terceiro trimestre, estimando a conexão de outros 16 no último trimestre do ano. Se cumprida, a meta fará a companhia fechar o ano com 62 interligações, ante 34 no ano passado. A companhia afirmou que a produção de gás natural alcançou 441 mil bpd entre julho e setembro.
A produção de derivados no país atingiu 2,204 milhões de bpd no mesmo período, alta de 4 por cento na comparação anual. Segundo a companhia, a Refinaria do Nordeste (Rnest), também conhecida como Abreu e Lima, já está operando.
O primeiro dos dois trens de refino da unidade está 96 por cento concluído, segundo o comunicado.
"Vários sistemas e unidades já entraram em operação, obedecendo ao sequenciamento planejado de partida da refinaria", disse a Petrobras.
A empresa não forneceu novos detalhes sobre a publicação do seu balanço trimestral, se limitando a dizer que "o crescimento sustentável da produção de petróleo, gás natural e derivados é uma realidade na Petrobras e decorre do compromisso da força de trabalho da companhia, incessante na busca pelo aumento da eficiência, da produtividade e da disciplina de capital".
Na semana passada, a estatal informou que esperava divulgar até o dia 12 de dezembro uma versão de suas demonstrações contábeis não revisadas pelos auditores externos, não fazendo previsões para a divulgação do resultado trimestral com o relatório de revisão dos auditores externos.
Caso não consiga apresentar os dados até o fim do ano, a empresa pode incorrer na violação dos termos de emissão de seus títulos no exterior.
Segundo exigências das emissões de dívida da estatal com vencimentos entre 2016 e 2043, a empresa tem que apresentar seu resultado até 90 dias depois do final de cada trimestre.
São Paulo - A Petrobras disse nesta segunda-feira, horas antes de uma conferência para falar sobre o controverso balanço do terceiro trimestre, que as recentes denúncias de corrupção têm potencial para impactar as demonstrações contábeis da empresa.
"O ex-diretor de Abastecimento da companhia, Paulo Roberto Costa... fez declarações que, se verdadeiras, podem impactar potencialmente as demonstrações contábeis da companhia", disse a Petrobras em anúncio publicado em jornais nesta segunda-feira.
Costa prestou depoimento com delação premiada à Polícia Federal e à Justiça em que detalhou suposto esquema de corrupção e desvio de verbas em contratos da estatal.
Diversos analistas já apontam riscos financeiros crescentes com o aprofundamento das investigações da operação Lava Jato, da PF, incluindo eventual necessidade de baixas contábeis envolvendo projetos com suspeitas de corrupção, o que implicaria em redução de pagamento de dividendos.
Também nesta segunda, a Petrobras informou que sua produção de petróleo no Brasil subiu 9 por cento no terceiro trimestre ante igual período do ano passado, a 2,09 milhões de barris por dia (bpd), segundo comunicado.
A petroleira, que disse na semana passada que atrasaria a publicação de seus resultados trimestrais, havia informado que apresentaria os dados operacionais nesta segunda.
Às 11 horas desta segunda, haverá uma teleconferência para analistas e investidores seguida de coletiva de imprensa na qual executivos da companhia comentarão os resultados operacionais e informações sobre o adiamento da divulgação das demonstrações contábeis.
Segundo a Petrobras, foram conectados 15 novos poços produtores no terceiro trimestre, estimando a conexão de outros 16 no último trimestre do ano. Se cumprida, a meta fará a companhia fechar o ano com 62 interligações, ante 34 no ano passado. A companhia afirmou que a produção de gás natural alcançou 441 mil bpd entre julho e setembro.
A produção de derivados no país atingiu 2,204 milhões de bpd no mesmo período, alta de 4 por cento na comparação anual. Segundo a companhia, a Refinaria do Nordeste (Rnest), também conhecida como Abreu e Lima, já está operando.
O primeiro dos dois trens de refino da unidade está 96 por cento concluído, segundo o comunicado.
"Vários sistemas e unidades já entraram em operação, obedecendo ao sequenciamento planejado de partida da refinaria", disse a Petrobras.
A empresa não forneceu novos detalhes sobre a publicação do seu balanço trimestral, se limitando a dizer que "o crescimento sustentável da produção de petróleo, gás natural e derivados é uma realidade na Petrobras e decorre do compromisso da força de trabalho da companhia, incessante na busca pelo aumento da eficiência, da produtividade e da disciplina de capital".
Na semana passada, a estatal informou que esperava divulgar até o dia 12 de dezembro uma versão de suas demonstrações contábeis não revisadas pelos auditores externos, não fazendo previsões para a divulgação do resultado trimestral com o relatório de revisão dos auditores externos.
Caso não consiga apresentar os dados até o fim do ano, a empresa pode incorrer na violação dos termos de emissão de seus títulos no exterior.
Segundo exigências das emissões de dívida da estatal com vencimentos entre 2016 e 2043, a empresa tem que apresentar seu resultado até 90 dias depois do final de cada trimestre.