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Demanda por iPhone diminui e crescimento da Apple deve cair

As ações da Apple levaram uma surra e registraram uma queda de 11 por cento desde o último relatório de lucros, em outubro

iPhone: para uma companhia que registrou um aumento de 28 por cento, para US$ 233,7 bilhões, em seu último ano fiscal, a queda das ações causa perplexidade (Victor Caputo/EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 25 de janeiro de 2016 às 18h21.

As ações da Apple levaram uma surra e registraram uma queda de 11 por cento desde o último relatório de lucros, em outubro, devido aos temores de que as vendas de iPhone tenham despencado repentinamente.

Os resultados que serão publicados na terça-feira possibilitarão que os investidores vejam com mais clareza se a queda foi justificada – ou o tão esperado sinal de que as ações estão prontas para um rali.

Para uma companhia que registrou um aumento de 28 por cento, para US$ 233,7 bilhões, em seu último ano fiscal, a queda das ações causa perplexidade.

Embora talvez faça sentido diante da queda nos preços das ações em todo o mundo (devido aos temores de que o petróleo mais barato e a fraqueza da economia da China ponham um freio ao crescimento econômico mundial), há alguns fatores que intensificam a aflição da Apple.

A Apple está ficando mais dependente do iPhone para crescer, apesar de a linha de produtos ter aumentado no ano passado com a inclusão do Apple Watch, de uma nova Apple TV e da Apple Music.

No entanto, o iPhone continua sendo, com folga, o produto mais importante da companhia e o que mais gera dinheiro. O smartphone representou 66 por cento da receita da Apple no ano passado, acima dos 50 por cento de três anos atrás.

Considerando que a Apple depende do iPhone, qualquer indício de que as vendas poderiam desacelerar – especialmente na China – assusta os investidores.

Alguns sinais sugerem que as vendas do iPhone poderiam estar desacelerando.

De acordo com vários analistas, a Apple reduziu as encomendas de componentes do telefone aos fornecedores, o que indica que talvez a companhia com sede em Cupertino, na Califórnia, não venda tantos aparelhos no início de 2016 quanto se esperava inicialmente.

A Cirrus Logic, uma fabricante de componentes de áudio que obtém da Apple mais de 60 por cento de sua receita, advertiu os acionistas no dia 7 de janeiro de que seus resultados ficarão abaixo da previsão devido à demanda fraca por produtos de tecnologia móvel.

Para piorar os temores há uma desaceleração mundial mais ampla. A Samsung Electronics, a maior fabricante de smartphones, que também produz telas e chips de memória para aparelhos de outras empresas, informou no dia 8 de janeiro lucros menores que as previsões dos analistas.

Por outro lado, a empresa de pesquisa IDC previu em dezembro que o crescimento dos smartphones em 2016 cairia para menos de 10 por cento – a primeira vez que fica abaixo desse patamar.

A projeção para 2019 é de que as remessas diminuirão ainda mais, com um aumento de apenas 4,7 por cento nas vendas em 2019. As vendas de iPhone também vão desacelerar, de acordo com a IDC.

A questão para os acionistas da Apple é se desta vez a queda na produção do iPhone é diferente da dos últimos anos. As vendas da Apple sempre caíram acentuadamente depois do trimestre das compras de fim de ano, pois os consumidores começam a esperar os novos produtos, que costumam ser lançados por volta de setembro.

Isso põe o foco diretamente sobre a perspectiva da Apple para os primeiros três meses de 2016. Os analistas estão projetando, em média, uma queda de 4 por cento nas vendas, para US$ 55,7 bilhões, segundo dados compilados pela Bloomberg. Uma queda mais acentuada trará mais temores.

Para o primeiro trimestre fiscal da Apple, que terminou em dezembro, os analistas projetam lucros de US$ 3,23 por ação e US$ 76,6 bilhões em receitas.

Mesmo assim, alguns disseram que a queda das ações da Apple é uma oportunidade de compra. Gene Munster, analista da Piper Jaffray Cos., disse que as ações poderiam subir mais de 50 por cento perto do lançamento do iPhone 7, em setembro.

Os 43 analistas acompanhados pela Bloomberg estão prevendo, em média, que a Apple passe dos atuais US$ 100 para US$ 141 dentro de 12 meses.

De uma forma ou de outra, tudo indica que a ação está prestes a embarcar em uma grande aventura.

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As ações da Apple levaram uma surra e registraram uma queda de 11 por cento desde o último relatório de lucros, em outubro, devido aos temores de que as vendas de iPhone tenham despencado repentinamente.

Os resultados que serão publicados na terça-feira possibilitarão que os investidores vejam com mais clareza se a queda foi justificada – ou o tão esperado sinal de que as ações estão prontas para um rali.

Para uma companhia que registrou um aumento de 28 por cento, para US$ 233,7 bilhões, em seu último ano fiscal, a queda das ações causa perplexidade.

Embora talvez faça sentido diante da queda nos preços das ações em todo o mundo (devido aos temores de que o petróleo mais barato e a fraqueza da economia da China ponham um freio ao crescimento econômico mundial), há alguns fatores que intensificam a aflição da Apple.

A Apple está ficando mais dependente do iPhone para crescer, apesar de a linha de produtos ter aumentado no ano passado com a inclusão do Apple Watch, de uma nova Apple TV e da Apple Music.

No entanto, o iPhone continua sendo, com folga, o produto mais importante da companhia e o que mais gera dinheiro. O smartphone representou 66 por cento da receita da Apple no ano passado, acima dos 50 por cento de três anos atrás.

Considerando que a Apple depende do iPhone, qualquer indício de que as vendas poderiam desacelerar – especialmente na China – assusta os investidores.

Alguns sinais sugerem que as vendas do iPhone poderiam estar desacelerando.

De acordo com vários analistas, a Apple reduziu as encomendas de componentes do telefone aos fornecedores, o que indica que talvez a companhia com sede em Cupertino, na Califórnia, não venda tantos aparelhos no início de 2016 quanto se esperava inicialmente.

A Cirrus Logic, uma fabricante de componentes de áudio que obtém da Apple mais de 60 por cento de sua receita, advertiu os acionistas no dia 7 de janeiro de que seus resultados ficarão abaixo da previsão devido à demanda fraca por produtos de tecnologia móvel.

Para piorar os temores há uma desaceleração mundial mais ampla. A Samsung Electronics, a maior fabricante de smartphones, que também produz telas e chips de memória para aparelhos de outras empresas, informou no dia 8 de janeiro lucros menores que as previsões dos analistas.

Por outro lado, a empresa de pesquisa IDC previu em dezembro que o crescimento dos smartphones em 2016 cairia para menos de 10 por cento – a primeira vez que fica abaixo desse patamar.

A projeção para 2019 é de que as remessas diminuirão ainda mais, com um aumento de apenas 4,7 por cento nas vendas em 2019. As vendas de iPhone também vão desacelerar, de acordo com a IDC.

A questão para os acionistas da Apple é se desta vez a queda na produção do iPhone é diferente da dos últimos anos. As vendas da Apple sempre caíram acentuadamente depois do trimestre das compras de fim de ano, pois os consumidores começam a esperar os novos produtos, que costumam ser lançados por volta de setembro.

Isso põe o foco diretamente sobre a perspectiva da Apple para os primeiros três meses de 2016. Os analistas estão projetando, em média, uma queda de 4 por cento nas vendas, para US$ 55,7 bilhões, segundo dados compilados pela Bloomberg. Uma queda mais acentuada trará mais temores.

Para o primeiro trimestre fiscal da Apple, que terminou em dezembro, os analistas projetam lucros de US$ 3,23 por ação e US$ 76,6 bilhões em receitas.

Mesmo assim, alguns disseram que a queda das ações da Apple é uma oportunidade de compra. Gene Munster, analista da Piper Jaffray Cos., disse que as ações poderiam subir mais de 50 por cento perto do lançamento do iPhone 7, em setembro.

Os 43 analistas acompanhados pela Bloomberg estão prevendo, em média, que a Apple passe dos atuais US$ 100 para US$ 141 dentro de 12 meses.

De uma forma ou de outra, tudo indica que a ação está prestes a embarcar em uma grande aventura.

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