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Daimler deve cortar previsões para 2013 por demanda fraca

Alerta sobre o lucro representa mais um abalo na credibilidade do presidente-executivo, Dieter Zetsche


	Prédio da Daimler na Alemanha: montadora tem ficado muito atrás das rivais alemãs BMW e Audi, devido a profundos problemas na China
 (Bernadett Szabo/Reuters)

Prédio da Daimler na Alemanha: montadora tem ficado muito atrás das rivais alemãs BMW e Audi, devido a profundos problemas na China (Bernadett Szabo/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 10 de abril de 2013 às 09h35.

Berlim - A montadora alemã de carros de luxo Daimler deve cortar este mês suas expectativas de lucro para o ano, disparando fortes críticas de investidores enquanto o mercado europeu encolhe a uma taxa alarmante.

A Daimler tem ficado muito atrás das rivais alemãs BMW e Audi, devido a profundos problemas na China, e o alerta sobre o lucro representa mais um abalo na credibilidade do presidente-executivo, Dieter Zetsche, cuja prorrogação de contrato em fevereiro quase terminou em um golpe da diretoria.

"Não há muito progresso sendo esperado nos mercados nos próximos meses. Para a Europa, em particular, não há sinais de uma reversão de tendência", disse Zetsche durante a reunião anual de acionistas. Ele acrescentou que a Daimler vai avaliar se suas premissas anteriores para 2013 ainda são válidas quando divulgar resultados de primeiro trimestre em 24 de abril.

O Credit Suisse informou que não confiava nas estimativas anteriores de Zetsche, de lucro operacional ajustado estável em cerca de 8,1 bilhões de euros. "Isso significa que a diretoria vai ter de atualizar suas estimativas para 2013 depois que foram divulgadas em fevereiro. O 'guidance' durou cerca de nove semanas", afirmou o banco em relatório.

O aviso da Daimler ecoa os comentários pessimistas da Fiat, na terça-feira. O presidente-executivo da Fiat, Sergio Marchionne, disse que as perdas da empresa na Europa poderiam ser piores do que as esperadas para este ano depois que estimativas apontaram para uma queda de 10 por cento no mercado da Europa Ocidental no primeiro trimestre.

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