Daimler considera que tamanho do Smart é documento
Após US$ 4,2 bilhões em prejuízo, a fabricante alemã calcula que o diminuto carro tem um problema: é pequeno demais
Da Redação
Publicado em 6 de junho de 2014 às 14h34.
Frankfurt - Em 1998, a Daimler AG fez uma aposta audaciosa baseada em uma ideia simples: as pessoas que moram em cidades abarrotadas querem carros baratos e pequenos para que estacionar não seja um problema.
O Smart , com duas portas e capacidade para dois passageiros, entrou no mercado custando US$ 9.150, com 2,5 metros de comprimento, 1,5 metro de largura e 1,55 metro de altura.
Dezesseis anos depois e aproximadamente 3 bilhões de euros (US$ 4,1 bilhões) em prejuízos, de acordo com as estimativas do Bankhaus Metzler, a fabricante alemã calcula que o diminuto carro tem um problema – é pequeno demais.
Em julho a Daimler apresentará uma versão atualizada do modelo ForTwo, que será igualmente compacta, mas terá 10 centímetros a mais de largura. Também será lançado um ForFour de quatro portas para tentar engrenar novamente o interesse na marca.
“O lançamento de novos modelos é um momento muito especial e importante”, disse Annette Winkler, que dirige a marca, em resposta por e-mail às perguntas da Bloomberg sobre o futuro da marca. “Ambos os veículos representam uma nova era na Smart”.
O ForFour é maior, mas não muito grande, porque a Daimler planeja desafiar outros carros compactos, como o 500 da Fiat Spa, o Up! da Volkswagen AG e o Opel Adam da General Motors Co.
O ForFour terá aproximadamente 3,5 metros de comprimento, 76 centímetros a mais que o ForTwo original, mas aproximadamente 5 centímetros a menos que o 500 e o Up!, o carro urbano mais vendido na Alemanha.
Mais espaço para as pernas
O novo ForFour terá um motor traseiro, o que reduz o tamanho do capô e oferece mais espaço para as pernas. Os centímetros a menos e o espaço adicional poderiam ser vantagens cruciais para o Smart.
À medida que as populações urbanas crescem, espera-se que as vendas do Smart cresçam em todo o mundo 35 por cento até 2020, para 6,2 milhões de unidades, de acordo com a companhia de pesquisa IHS Automotive.
Veículos assim têm sido mais populares na Europa, onde estacionar é ainda mais difícil do que nas cidades dos EUA.
O novo carro é a segunda tentativa da Daimler com um modelo quatro portas. Uma versão anterior do ForFour, modelada com a porta traseira do Colt da Mitsubishi Motors Corp., como parte de uma joint venture com a fabricante japonesa, chegou em 2004.
Ela foi retirada do mercado em 2006, quando a Daimler restringiu a marca ao ForTwo. Um conversível foi interrompido em 2005, o mesmo ano em que a Daimler cancelou os planos para desenvolver um SUV.
Última chance
Desta vez a Daimler está se unindo à Renault SA para projetar e construir os novos Smart (ao contrário da versão anterior, o novo modelo para quatro passageiros é parecido com o ForTwo).
Até 75 por cento das peças serão idênticas em ambos os modelos e também no Twingo da Renault, o que reduz os custos de produção.
Há muito em jogo para a Daimler, de acordo com Stefan Bratzel, diretor do Centro de Gestão Automotiva da Universidade de Ciências Aplicadas em Bergisch Gladbach, Alemanha.
“Esta é a última chance do Smart”, disse Bratzel, que anteriormente trabalhou como gerente de marketing para a marca Daimler. “Eles só têm uma oportunidade e vão precisar que tudo dê certo desta vez”.
Embora uma recuperação completa ainda não esteja garantida, há otimismo sobre o recomeço da marca. A IHS prevê que as remessas do Smart serão quase duas vezes maiores no próximo ano, totalizando 182.900 unidades.
“Será um longo caminho até que cheguem a ter lucros”, disse Jürgen Pieper, analista em Frankfurt da Bankhaus Metzler. “Mas a expansão é a única direção possível”.
Frankfurt - Em 1998, a Daimler AG fez uma aposta audaciosa baseada em uma ideia simples: as pessoas que moram em cidades abarrotadas querem carros baratos e pequenos para que estacionar não seja um problema.
O Smart , com duas portas e capacidade para dois passageiros, entrou no mercado custando US$ 9.150, com 2,5 metros de comprimento, 1,5 metro de largura e 1,55 metro de altura.
Dezesseis anos depois e aproximadamente 3 bilhões de euros (US$ 4,1 bilhões) em prejuízos, de acordo com as estimativas do Bankhaus Metzler, a fabricante alemã calcula que o diminuto carro tem um problema – é pequeno demais.
Em julho a Daimler apresentará uma versão atualizada do modelo ForTwo, que será igualmente compacta, mas terá 10 centímetros a mais de largura. Também será lançado um ForFour de quatro portas para tentar engrenar novamente o interesse na marca.
“O lançamento de novos modelos é um momento muito especial e importante”, disse Annette Winkler, que dirige a marca, em resposta por e-mail às perguntas da Bloomberg sobre o futuro da marca. “Ambos os veículos representam uma nova era na Smart”.
O ForFour é maior, mas não muito grande, porque a Daimler planeja desafiar outros carros compactos, como o 500 da Fiat Spa, o Up! da Volkswagen AG e o Opel Adam da General Motors Co.
O ForFour terá aproximadamente 3,5 metros de comprimento, 76 centímetros a mais que o ForTwo original, mas aproximadamente 5 centímetros a menos que o 500 e o Up!, o carro urbano mais vendido na Alemanha.
Mais espaço para as pernas
O novo ForFour terá um motor traseiro, o que reduz o tamanho do capô e oferece mais espaço para as pernas. Os centímetros a menos e o espaço adicional poderiam ser vantagens cruciais para o Smart.
À medida que as populações urbanas crescem, espera-se que as vendas do Smart cresçam em todo o mundo 35 por cento até 2020, para 6,2 milhões de unidades, de acordo com a companhia de pesquisa IHS Automotive.
Veículos assim têm sido mais populares na Europa, onde estacionar é ainda mais difícil do que nas cidades dos EUA.
O novo carro é a segunda tentativa da Daimler com um modelo quatro portas. Uma versão anterior do ForFour, modelada com a porta traseira do Colt da Mitsubishi Motors Corp., como parte de uma joint venture com a fabricante japonesa, chegou em 2004.
Ela foi retirada do mercado em 2006, quando a Daimler restringiu a marca ao ForTwo. Um conversível foi interrompido em 2005, o mesmo ano em que a Daimler cancelou os planos para desenvolver um SUV.
Última chance
Desta vez a Daimler está se unindo à Renault SA para projetar e construir os novos Smart (ao contrário da versão anterior, o novo modelo para quatro passageiros é parecido com o ForTwo).
Até 75 por cento das peças serão idênticas em ambos os modelos e também no Twingo da Renault, o que reduz os custos de produção.
Há muito em jogo para a Daimler, de acordo com Stefan Bratzel, diretor do Centro de Gestão Automotiva da Universidade de Ciências Aplicadas em Bergisch Gladbach, Alemanha.
“Esta é a última chance do Smart”, disse Bratzel, que anteriormente trabalhou como gerente de marketing para a marca Daimler. “Eles só têm uma oportunidade e vão precisar que tudo dê certo desta vez”.
Embora uma recuperação completa ainda não esteja garantida, há otimismo sobre o recomeço da marca. A IHS prevê que as remessas do Smart serão quase duas vezes maiores no próximo ano, totalizando 182.900 unidades.
“Será um longo caminho até que cheguem a ter lucros”, disse Jürgen Pieper, analista em Frankfurt da Bankhaus Metzler. “Mas a expansão é a única direção possível”.