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Czarnikow vê equilíbrio no mercado de açúcar em 2010/11

Clima prejudicou aumento na produção de aç[ucar para o período; expectativa é sobre a possibilidade de exportações indianas do produto

O Brasil é o maior produtor mundial de açúcar (Sean Gallup/Getty Images)

O Brasil é o maior produtor mundial de açúcar (Sean Gallup/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 25 de outubro de 2010 às 16h05.

Londres - A trading Czarnikow acredita que o mercado global de açúcar pode chegar ao equilíbrio na safra 2010/11, disse nesta segunda-feira o chefe de pesquisa da companhia Toby Cohen, depois que as condições climáticas em importantes áreas produtoras reduziram as perspectivas de grande superávit.

"O balanço permanece muito frágil", disse Cohen em uma entrevista ao Reuters Insider na abertura da London Sugar Week, que reúne centenas de traders do mundo em eventos ligados ao Sugar Dinner, que acontece na próxima quinta-feira.

Aumento da produção em alguns produtores, como a Índia, não será suficiente para construir um grande superávit global, de acordo com Czarnikow, que tem sede em Londres.

O clima adverso na Rússia, Paquistão e outros países esmagou a esperança de um aumento na produção nos anos-safra de 2010 e 2011, que varia de país a país.

Os preços do açúcar, agora negociados abaixo dos picos de nove meses, têm sido sustentados pelo receio de oferta global ajustada, combinado com a resiliência da demanda consumidora.

"O reconhecimento é de que o balanço do setor ainda é muito apertado", disse Cohen.


Exportações indianas

O mercado está focado na probabilidade de que a Índia, o segundo maior produtor global depois do Brasil, poderá passar de importador para exportador de açúcar nos próximos meses, disse Cohen.

"Eu acredito que nós certamente veremos isso (exportações indianas)", disse ele. "Este é um ponto fundamental para os traders físicos".

Referindo-se ao açúcar como importante produto de consumo e para a comunidade agrícola da Índia, Cohen disse que a perspectiva para exportações do país é um delicado tema político.

Ele disse que o Brasil, maior produtor, poderá produzir menos açúcar no próximo ano que no atual ano-safra.

"Existe a possibilidade de que o Brasil tenha uma safra menor no próximo ano, e isso é crítico para o balanço de oferta global", ele disse.

Cohen disse que a tendência dos preços de açúcar parece ser de alta.

Questionado se os futuros do demerara em Nova York poderão testar em breve a máxima de 30,40 centavos por libra-peso, testado pela última vez em 1o de fevereiro, Cohen disse que "certamente parece isso. Este parece ser o ânimo no momento. É um período excitante para o açúcar".

O vencimento março do açúcar bruto negociado na bolsa de Nova York (ICE) era negociado por volta das 15h45 a 28,52 centavos por libra-peso, com alta de 31 pontos, impulsionado por um dólar fraco frente a uma cesta de moedas.

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