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CVS volta a negociar com a Drogaria Pacheco

A CVS, que já é dona da rede de farmácias Onofre, tem interesse de expandir seus negócios no Brasil

Drogaria Pacheco: as negociações foram interrompidas no início do segundo semestre do ano passado (EXAME)
DR

Da Redação

Publicado em 25 de fevereiro de 2015 às 09h11.

São Paulo - Depois de interromperem as negociações no ano passado, a gigante americana CVS e a Drogaria Pacheco São Paulo (DPSP) retomaram as conversas, segundo fontes. A CVS, que já é dona da rede de farmácias Onofre, tem interesse de expandir seus negócios no Brasil.

A companhia americana, assessorada pelo Pátria Investimentos desde o início do ano passado, recuou nos últimos meses, após a DPSP ter sinalizado que não abriria mão do controle da companhia por menos de R$ 9 bilhões.

A oferta inicial da CVS pela rede brasileira era de cerca de R$ 4,5 bilhões. Depois, subiu para cerca de R$ 6 bilhões, segundo fontes.

As negociações foram interrompidas no início do segundo semestre do ano passado porque as partes não chegaram a um acordo sobre o preço do ativo.

Além disso, a CVS decidiu esperar porque queria entender melhor como ficaria o cenário macroeconômico depois das eleições.

Os contatos foram retomados neste ano, mas as conversas não estão avançadas.

A avaliação do mercado é que a DPSP superdimensionou os preços de seus ativos e agora, com o atual cenário econômico, estaria disposta a reduzir o valor do negócio.

Procurados, a DPSP e o Pátria não quiseram comentar o assunto. Já a CVS informou apenas que não comenta rumores de mercado.

Nos últimos meses, o grupo americano conversou com todas as grandes redes de varejo do País. Além da DPSP, esteve com BR Pharma e Raia Drogasil, segundo fontes de mercado.

Em 2014, a CVS encerrou com faturamento líquido de US$ 139,3 bilhões, aumento de 9,9% em relação ao ano anterior.

Fora dos Estados Unidos, a CVS tem operações no Brasil, por meio da Onofre, com uma participação de 80% adquirida em 2013, e em Porto Rico.

Consolidação

O varejo farmacêutico nacional vive nos últimos anos um movimento de consolidação.

Em agosto de 2011, Drogasil e Droga Raia se uniram e criaram a maior rede de varejo do segmento no País.

Menos de um mês depois, a Drogaria São Paulo e a Drogaria Pacheco anunciaram associação.

Ao mesmo tempo, a BR Pharma, do banco BTG, realizou aquisições de redes médias regionais, mas enfrenta dificuldades financeiras.

No ano passado, a gigante americana Walgreens, concorrente da CVS, chegou a olhar os ativos da empresa, segundo uma fonte da companhia.

Em 2013, o conglomerado Ultra, que reúne ativos em distribuição de combustíveis (Ipiranga), químicos, gás de cozinha e logística, surpreendeu o mercado ao anunciar a compra da rede Extrafarma, com atuação no Norte e Nordeste do País.

O conglomerado pretende avançar no mercado nacional por meio de expansão orgânica, mas não descarta aquisições.

Dados da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) mostram que a rede paulista Raia Drogasil foi o grupo de maior faturamento, seguida pela Drogaria São Paulo/Pacheco, as Farmácias Pague Menos, e a BR Pharma, de acordo com levantamento da entidade em 2013.

Em outubro do ano passado, o presidente da DPSP, Gilberto Martins Ferreira, tinha informado que o foco de crescimento da rede seria orgânico, com inauguração de cerca de 140 lojas em 2014 e manutenção do ritmo de expansão em 2015. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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São Paulo - Depois de interromperem as negociações no ano passado, a gigante americana CVS e a Drogaria Pacheco São Paulo (DPSP) retomaram as conversas, segundo fontes. A CVS, que já é dona da rede de farmácias Onofre, tem interesse de expandir seus negócios no Brasil.

A companhia americana, assessorada pelo Pátria Investimentos desde o início do ano passado, recuou nos últimos meses, após a DPSP ter sinalizado que não abriria mão do controle da companhia por menos de R$ 9 bilhões.

A oferta inicial da CVS pela rede brasileira era de cerca de R$ 4,5 bilhões. Depois, subiu para cerca de R$ 6 bilhões, segundo fontes.

As negociações foram interrompidas no início do segundo semestre do ano passado porque as partes não chegaram a um acordo sobre o preço do ativo.

Além disso, a CVS decidiu esperar porque queria entender melhor como ficaria o cenário macroeconômico depois das eleições.

Os contatos foram retomados neste ano, mas as conversas não estão avançadas.

A avaliação do mercado é que a DPSP superdimensionou os preços de seus ativos e agora, com o atual cenário econômico, estaria disposta a reduzir o valor do negócio.

Procurados, a DPSP e o Pátria não quiseram comentar o assunto. Já a CVS informou apenas que não comenta rumores de mercado.

Nos últimos meses, o grupo americano conversou com todas as grandes redes de varejo do País. Além da DPSP, esteve com BR Pharma e Raia Drogasil, segundo fontes de mercado.

Em 2014, a CVS encerrou com faturamento líquido de US$ 139,3 bilhões, aumento de 9,9% em relação ao ano anterior.

Fora dos Estados Unidos, a CVS tem operações no Brasil, por meio da Onofre, com uma participação de 80% adquirida em 2013, e em Porto Rico.

Consolidação

O varejo farmacêutico nacional vive nos últimos anos um movimento de consolidação.

Em agosto de 2011, Drogasil e Droga Raia se uniram e criaram a maior rede de varejo do segmento no País.

Menos de um mês depois, a Drogaria São Paulo e a Drogaria Pacheco anunciaram associação.

Ao mesmo tempo, a BR Pharma, do banco BTG, realizou aquisições de redes médias regionais, mas enfrenta dificuldades financeiras.

No ano passado, a gigante americana Walgreens, concorrente da CVS, chegou a olhar os ativos da empresa, segundo uma fonte da companhia.

Em 2013, o conglomerado Ultra, que reúne ativos em distribuição de combustíveis (Ipiranga), químicos, gás de cozinha e logística, surpreendeu o mercado ao anunciar a compra da rede Extrafarma, com atuação no Norte e Nordeste do País.

O conglomerado pretende avançar no mercado nacional por meio de expansão orgânica, mas não descarta aquisições.

Dados da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) mostram que a rede paulista Raia Drogasil foi o grupo de maior faturamento, seguida pela Drogaria São Paulo/Pacheco, as Farmácias Pague Menos, e a BR Pharma, de acordo com levantamento da entidade em 2013.

Em outubro do ano passado, o presidente da DPSP, Gilberto Martins Ferreira, tinha informado que o foco de crescimento da rede seria orgânico, com inauguração de cerca de 140 lojas em 2014 e manutenção do ritmo de expansão em 2015. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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