CVC: depois de enfrantar pandemia, companhia precisa lidar com ambiente de taxa de juros para lá de salgadas (Germano Lüders/Exame)
Reuters
Publicado em 16 de novembro de 2020 às 10h26.
Última atualização em 16 de novembro de 2020 às 11h20.
A CVC Corp teve prejuízo líquido consolidado de 215,5 milhões de reais no terceiro trimestre, revertendo lucro líquido reapresentado de 13,2 milhões de reais um ano antes, em resultado fortemente afetado pela queda na receita com a pandemia de Covid-19, além efeitos não recorrentes.
Em números pro forma, a CVC havia registrado prejuízo de 13,9 milhões de reais no mesmo período de 2019. A receita líquida somou 62 milhões de reais de julho a setembro, frente a 427,6 milhões de reais em igual intervalo do ano anterior, queda de 86,7%,. e 465,5 milhões de reais no terceiro trimestre considerando os dados pro forma.
Apesar do cenário difícil, a empresa de turismo registrou geração de caixa líquido de 1,2 bilhão de reais nos nove primeiros meses do ano, frente a geração de caixa de 247,2 milhões no mesmo período do ano anterior. O resultado operacional medido pelo Ebitda ajustado ficou negativo em 117,2 milhões de reais no terceiro trimestre, forte piora na comparação ano a ano (159 milhões de reais no balanço reapresentado e 153,8 milhões de reais no pro forma no terceiro trimestre de 2019).
A empresa diz que vê sinais de retomada. Em setembro, as vendas atingiram 35% do valor do ano passado - em abril, a receita havia sido de 2% em relação ao mesmo mês do ano anterior.
"Os destinos nacionais são os principais motores de nossa indústria nesse momento de início de retomada, com destaque para o turismo regional. Praias, campo e hotéis com espaços ao ar livre em destinos nacionais devem permanecer como a preferência dos brasileiros nos próximos meses. Roteiros de carro para cidades na vizinhança também são tendência", diz a empresa em seu comunicado de resultados. De acordo com a CVC, o turismo internacional deve apresentar retomada mais lenta, após a primavera do hemisfério norte, dado que a Europa experimenta uma segunda onda da pandemia, que poderá afetar também a América do Norte.