Custos operacionais pesam e lucro da Azul cai 20% no 1º trimestre
Azul e suas rivais têm enfrentado custos mais elevados nos últimos trimestres devido à contínua depreciação do real
Reuters
Publicado em 9 de maio de 2019 às 10h00.
Última atualização em 9 de maio de 2019 às 11h41.
São Paulo — Custos operacionais maiores pesaram sobre a Azul no primeiro trimestre, com a terceira maior companhia aérea do país acusando os efeitos combinados da alta do dólar e do aumento do preço do combustível de aviação.
A companhia anunciou nesta quinta-feira que teve lucro líquido de 137,7 milhões de reais no período, queda de 20,1 por cento ano a ano, apesar da receita significativamente maior.
Enquanto a receita líquida cresceu 16 por cento para 2,54 bilhões de reais, os custos com pessoal subiram 37 por cento em meio à expansão da empresa.
Os custos de combustível também subiram 20,8 por cento, enquanto a linha outros custos aumentou 34 por cento, para 224 milhões de reais.
A Azul e suas rivais têm enfrentado custos mais elevados nos últimos trimestres devido à contínua depreciação do real. Enquanto os passageiros compram passagens em reais, muitas das despesas, como combustível, são denominadas no dólar.
No início do ano, a Azul assinou acordo provisório para comprar parte das operações da Avianca Brasil, que está passando por um processo de recuperação judicial. No entanto, as rivais Gol e Latam Airlines fizeram uma oferta concorrente, golpeando a Azul, que esperava com o negócio passar a operar a ponte aérea São Paulo-Rio de Janeiro, uma das mais lucrativas do país.
No começo desta semana, um juiz suspendeu indefinidamente o leilão da Avianca.