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Custos elevados são entraves à inovação no país

Alto risco econômicos e falta de qualificação também são motivos citados por empresas em pesquisa do IBGE

A falta de pessoas qualificadas é uma das reclamações que mais cresceram  (Luis Ushirobira/INFO)

A falta de pessoas qualificadas é uma das reclamações que mais cresceram (Luis Ushirobira/INFO)

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Da Redação

Publicado em 22 de junho de 2011 às 18h05.

Rio de Janeiro - Custos elevados e riscos econômicos excessivos foram os principais entraves indicados pelas empresas brasileiras para a inovação, assim como a falta de pessoal qualificado. A conclusão é da Pesquisa de Inovação Tecnológica (Pintec 2008), divulgada hoje (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Problemas com elevados custos de inovação são apontados por 73,2% das empresas, riscos econômicos excessivos, por 65,9%, e falta de pessoal qualificado, por 57,8%.

“Apareceu tanto na indústria quanto em serviços, como um importante fator de entrave, a falta de pessoal qualificado. Esse indicador já aparecia nas pesquisas anteriores mas, nesse ano, ele apareceu com percentuais maiores, o que demonstra uma importância maior desse item como entrave”, observou a gerente da pesquisa, Fernanda Vilhena.

A falta de pessoal qualificado foi apontada por 57,8% das indústrias, 70,4% das empresas de serviços selecionados (telecomunicações, informática e edição e gravação de música) e 46,7% das empresas de pesquisa e desenvolvimento (P&D).

A sondagem mostra que o número de empresas que desenvolveram inovações e que relataram ter tido pelo menos uma dificuldade relevante subiu de 35,2% em 2005 para 49,8% em 2008.

Fernanda relatou que, no sentido oposto, embora ainda seja um fator relevante, os percentuais diminuíram em relação à escassez de fontes de financiamento. “Eles continuam considerando que há escassez e que esse é um entrave. Mas, isso não está mais tão intenso quanto nas pesquisas anteriores.”

Nas indústrias, esse indicador aparece em quarto lugar, com 51,6%. Nas empresas de serviços selecionados, aparece também como o quarto principal problema, com 48,7%. Já nas empresas de P&D, o indicador foi citado em segundo lugar, com 70%.

A pesquisadora do IBGE informou ainda que em relação as 62,9 mil empresas que não inovaram no período 2006-2008, 15,8% afirmaram ter feito inovações prévias. “E, portanto, elas justificam o fato de não terem inovado nesse ciclo porque tinham inovado antes ou porque enfrentaram condições de mercado que não facilitaram, ou outros fatores, como riscos econômicos excessivos e elevados custos da inovação.”

A Pintec é feita pelo IBGE desde 2000. O instituto considera que a pesquisa pode ser usada pelas empresas para análise de mercado e para o desenvolvimento de políticas nacional e regionais do setor.

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