Cummins desiste de nova fábrica em SP
Previsto para ser inaugurado em 2015, o projeto era avaliado em US$ 90 milhões numa primeira fase
Da Redação
Publicado em 17 de outubro de 2014 às 08h30.
São Paulo - A fabricante de motores para caminhões e geradores elétricos Cummins América do Sul desistiu de construir uma fábrica em Itatiba, interior de São Paulo. Previsto para ser inaugurado em 2015, o projeto, de US$ 90 milhões numa primeira fase, foi anunciado em meados de 2012. A área já havia passado por terraplenagem e recebido estrutura elétrica.
O grupo dos setores de autopeças e energia já tem três fábricas em Guarulhos, na Grande São Paulo, e a nova unidade seria destinada à produção de geradores elétricos, componentes e filtros, além de ter uma área para a distribuição.
O presidente da Cummins, Luís Pasquotto, justificou que o mercado não apresentou o comportamento esperado na época do anúncio do projeto, quando o Brasil vinha de um crescimento de 7%. "Sabíamos que o País não continuaria a crescer nesse ritmo, mas está muito abaixo do que imaginávamos, que era em 4% a 5% ao ano."
Outro fator decisivo, segundo o executivo, é a falta de competição do produto nacional, que levou o grupo a perder contratos de exportação na América do Sul. "Nossos vizinhos estão crescendo mais que a gente e, infelizmente, estão adquirindo produtos das nossas unidades na Ásia, México e até Europa, que têm preços mais competitivos", afirmou o presidente da Cummins.
Até 2005, 40% da produção da Cummins era exportada, participação hoje reduzida a 15%. O mercado interno, somando todos os produtos da empresa, caiu até agora 22% em relação ao ano passado.
O grupo também planejava trazer novas linhas de geradores e filtros para serem produzidos localmente e exportados, mas esse projeto também foi adiado.
Estratégia
A empresa fornece motores e componentes para fabricantes de caminhões, como MAN Latin America e Ford e geradores elétricos para shopping centers e construção civil, entre outros.
"Não estamos descontinuando nossas atividades no País, apenas mudamos a estratégia e vamos concentrar investimentos nas unidades de Guarulhos", afirmou Pasquotto.
Até 2015, essas unidades vão receber de US$ 10 milhões a US$ 12 milhões que ainda faltam de um programa de investimento de US$ 48 milhões iniciados em 2012. Além disso, a unidade de motores tem recebido em média US$ 20 milhões ao ano. A Cummins ainda estuda o que fará com o terreno de Itatiba, que tem 430 mil metros quadrados.
A Investe São Paulo, agência de promoção de investimentos do Governo de São Paulo, informou que não há registros de cancelamento de investimentos de outras empresas no Estado.
Férias coletivas
A Cummins emprega 1,5 mil funcionários diretos em suas três unidades em Guarulhos, além de 500 a 600 terceirizados.
Pasquotto informou que a maioria deles entrará em férias coletivas de no mínimo duas semanas em dezembro.
Nesse período, o grupo vai aproveitar para fazer alterações na fábrica de motores para a nacionalização de duas linhas de produção desses equipamentos para caminhões que serão nacionalizados. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo .
São Paulo - A fabricante de motores para caminhões e geradores elétricos Cummins América do Sul desistiu de construir uma fábrica em Itatiba, interior de São Paulo. Previsto para ser inaugurado em 2015, o projeto, de US$ 90 milhões numa primeira fase, foi anunciado em meados de 2012. A área já havia passado por terraplenagem e recebido estrutura elétrica.
O grupo dos setores de autopeças e energia já tem três fábricas em Guarulhos, na Grande São Paulo, e a nova unidade seria destinada à produção de geradores elétricos, componentes e filtros, além de ter uma área para a distribuição.
O presidente da Cummins, Luís Pasquotto, justificou que o mercado não apresentou o comportamento esperado na época do anúncio do projeto, quando o Brasil vinha de um crescimento de 7%. "Sabíamos que o País não continuaria a crescer nesse ritmo, mas está muito abaixo do que imaginávamos, que era em 4% a 5% ao ano."
Outro fator decisivo, segundo o executivo, é a falta de competição do produto nacional, que levou o grupo a perder contratos de exportação na América do Sul. "Nossos vizinhos estão crescendo mais que a gente e, infelizmente, estão adquirindo produtos das nossas unidades na Ásia, México e até Europa, que têm preços mais competitivos", afirmou o presidente da Cummins.
Até 2005, 40% da produção da Cummins era exportada, participação hoje reduzida a 15%. O mercado interno, somando todos os produtos da empresa, caiu até agora 22% em relação ao ano passado.
O grupo também planejava trazer novas linhas de geradores e filtros para serem produzidos localmente e exportados, mas esse projeto também foi adiado.
Estratégia
A empresa fornece motores e componentes para fabricantes de caminhões, como MAN Latin America e Ford e geradores elétricos para shopping centers e construção civil, entre outros.
"Não estamos descontinuando nossas atividades no País, apenas mudamos a estratégia e vamos concentrar investimentos nas unidades de Guarulhos", afirmou Pasquotto.
Até 2015, essas unidades vão receber de US$ 10 milhões a US$ 12 milhões que ainda faltam de um programa de investimento de US$ 48 milhões iniciados em 2012. Além disso, a unidade de motores tem recebido em média US$ 20 milhões ao ano. A Cummins ainda estuda o que fará com o terreno de Itatiba, que tem 430 mil metros quadrados.
A Investe São Paulo, agência de promoção de investimentos do Governo de São Paulo, informou que não há registros de cancelamento de investimentos de outras empresas no Estado.
Férias coletivas
A Cummins emprega 1,5 mil funcionários diretos em suas três unidades em Guarulhos, além de 500 a 600 terceirizados.
Pasquotto informou que a maioria deles entrará em férias coletivas de no mínimo duas semanas em dezembro.
Nesse período, o grupo vai aproveitar para fazer alterações na fábrica de motores para a nacionalização de duas linhas de produção desses equipamentos para caminhões que serão nacionalizados. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo .