Disney: a marca fez o remake de “A Dama e o Vagabundo” especialmente para o lançamento desta terça-feira (Drew Angerer/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 12 de novembro de 2019 às 06h33.
Última atualização em 12 de novembro de 2019 às 07h25.
Colocando mais pimenta na guerra dos streamings, a gigante de conteúdo Disney lança nesta terça-feira, nos Estados Unidos, o Disney+. É um serviço de vídeo por assinatura nos moldes da concorrente Netflix e também baterá de frente com Amazon, Apple e HBO.
Buscando um público amplo, o Disney + oferecerá uma profunda biblioteca de programas de TV e filmes da Disney, Pixar Animation, Marvel Studios, da franquia “Star Wars” e do National Geographic, além da programação original, como a nova série de “High School Musical” e um remake de “A Dama e o Vagabundo”, produzido especialmente para o lançamento desta terça-feira.
As 30 temporadas dos Simpsons, da Fox, também estarão lá. O serviço custará sete dólares por mês, menos que os 13 dólares do plano mais popular da rival Netflix, mas dois dólares a mais que a assinatura mais básica do AppleTV+, lançado no início do mês. Ainda não há data para a chegada ao Brasil.
A meta da Disney é conquistar de 60 a 90 milhões de assinantes até 2024. A dúvida é onde o Netflix estará neste momento, uma vez que já tem 158 milhões de assinantes pelo mundo. O serviço Amazon Prime tem 105 milhões de assinantes.
Além estar enraizada na cultura e no mapa mental de boa parte do mundo, especialmente entre os estadunidenses, a Disney tem a vantagem de criar conteúdo para crianças, que assistem os mesmos filmes e programas de TV repetidamente. De olho nesse nicho e se preparando para a estreia do Disney+, em maio, a Netflix fez uma rara aquisição, a da marca de mídia infantil StoryBots. Já em julho, anunciou sete novas séries voltadas para crianças em idade pré-escolar.
Anunciado há meses, o Disney+ será lançado hoje nos Estados Unidos, Canadá e Holanda, chegando à Austrália e Nova Zelândia em 19 de novembro. Na América-Latina, o serviço deve dar as caras no próximo ano. Para além da Disney, a Netflix também ganhará um novo rival de peso ano que vem, o HBO MAX.
Com a concorrência batendo à porta, a Netflix tem usado sua posição de destaque para investir em conteúdo próprio. No fim do mês, por exemplo, estreia o filme O Irlandês, de Martin Scorcese, que consumiu 159 milhões de dólares. Os cheques devem seguir crescendo com o acirramento da guerra.