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CSN e Thyssen chegam a acordo por CSA, dizem fontes

Para sair do papel, acordo depende do aval da Vale, sócia do grupo alemão na companhia com participação acionária de 27%, e do BNDES, principal credor da CSA

Instalações da CSA: a Thyssen negocia a venda da fatia na CSA desde o ano passado devido a dificuldades financeiras. Além da CSN, demonstrou interesse no ativo a argentina Ternium (Germano Lüders/EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 15 de julho de 2013 às 19h57.

Rio - A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e a ThyssenKrupp chegaram a um acordo sobre a venda da fatia do grupo alemão na Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA).

O Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, apurou que o negócio foi alinhavado em reunião no último fim de semana.

Para sair do papel, o acordo depende do aval da Vale, sócia do grupo alemão na companhia com uma participação acionária de 27%, e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), principal credor da CSA.

No acordo, a Thyssen permaneceria com uma participação pequena na CSA, mas o porcentual não foi revelado. A siderúrgica do empresário Benjamin Steinbruch ficaria com cerca de 2/3 do controle.

Em maio, a CSN fez uma oferta de cerca de US$ 2,5 bilhões ao grupo alemão ThyssenKrupp para ficar com uma laminadora de aço nos Estados Unidos e com um pedaço da CSA, no Rio de Janeiro.

A Thyssen negocia a venda da fatia na CSA desde o ano passado devido a dificuldades financeiras. Além da CSN, demonstrou interesse no ativo a argentina Ternium.

A reportagem apurou que o negócio deverá ser divulgado nos próximos dias, após ser submetido à aprovação da Vale, que tem contrato de exclusividade com a CSA no fornecimento de minério de ferro. Desde que a Thyssen declarou interesse em comercializar sua participação na empresa, executivos da Vale têm ressaltado que o objetivo da mineradora no processo era garantir a manutenção dos seus direitos comerciais.


A Vale cobra uma indenização de R$ 300 milhões do grupo alemão, a quem responsabiliza por graves falhas no comando da CSA. Para a mineradora, os erros do sócio alemão oneraram a operação com custos adicionais de mais de R$ 1,1 bilhão na compra de energia, matéria-prima e investimentos corretivos.

Segundo fontes, a indenização pleiteada pela Vale corresponde à sua participação de 27% na siderúrgica. Para cobrir totalmente a perda bilionária, a mineradora quer também que a Thyssen reembolse a CSA com mais R$ 800 milhões.

Como a siderúrgica deve mais de R$ 2 bilhões ao grupo alemão, a mineradora entende que a Thyssen deveria cancelar parte do débito e deixar os recursos na CSA como compensação pelas perdas supostamente provocadas por falhas de gestão.

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Rio - A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e a ThyssenKrupp chegaram a um acordo sobre a venda da fatia do grupo alemão na Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA).

O Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, apurou que o negócio foi alinhavado em reunião no último fim de semana.

Para sair do papel, o acordo depende do aval da Vale, sócia do grupo alemão na companhia com uma participação acionária de 27%, e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), principal credor da CSA.

No acordo, a Thyssen permaneceria com uma participação pequena na CSA, mas o porcentual não foi revelado. A siderúrgica do empresário Benjamin Steinbruch ficaria com cerca de 2/3 do controle.

Em maio, a CSN fez uma oferta de cerca de US$ 2,5 bilhões ao grupo alemão ThyssenKrupp para ficar com uma laminadora de aço nos Estados Unidos e com um pedaço da CSA, no Rio de Janeiro.

A Thyssen negocia a venda da fatia na CSA desde o ano passado devido a dificuldades financeiras. Além da CSN, demonstrou interesse no ativo a argentina Ternium.

A reportagem apurou que o negócio deverá ser divulgado nos próximos dias, após ser submetido à aprovação da Vale, que tem contrato de exclusividade com a CSA no fornecimento de minério de ferro. Desde que a Thyssen declarou interesse em comercializar sua participação na empresa, executivos da Vale têm ressaltado que o objetivo da mineradora no processo era garantir a manutenção dos seus direitos comerciais.


A Vale cobra uma indenização de R$ 300 milhões do grupo alemão, a quem responsabiliza por graves falhas no comando da CSA. Para a mineradora, os erros do sócio alemão oneraram a operação com custos adicionais de mais de R$ 1,1 bilhão na compra de energia, matéria-prima e investimentos corretivos.

Segundo fontes, a indenização pleiteada pela Vale corresponde à sua participação de 27% na siderúrgica. Para cobrir totalmente a perda bilionária, a mineradora quer também que a Thyssen reembolse a CSA com mais R$ 800 milhões.

Como a siderúrgica deve mais de R$ 2 bilhões ao grupo alemão, a mineradora entende que a Thyssen deveria cancelar parte do débito e deixar os recursos na CSA como compensação pelas perdas supostamente provocadas por falhas de gestão.

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