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Crise se aprofunda e Toshiba insiste em venda da unidade nuclear

O conglomerado japonês disse acreditar que poderia encontrar compradores para uma participação majoritária na Westinghouse

Toshiba: o presidente-executivo Satoshi Tsunakawa, contudo, contornou as dúvidas sobre um possível pedido de recuperação judicial para a Westinghouse (./AFP)

Toshiba: o presidente-executivo Satoshi Tsunakawa, contudo, contornou as dúvidas sobre um possível pedido de recuperação judicial para a Westinghouse (./AFP)

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Reuters

Publicado em 14 de março de 2017 às 16h13.

Tóquio - A Toshiba está "considerando ativamente" uma venda e outras opções estratégicas para a unidade nuclear norte-americana Westinghouse, disse o grupo nesta terça-feira, conforme amplia uma investigação sobre problemas que a fizeram perder o prazo de divulgação dos resultados pela segunda vez.

O conglomerado japonês disse acreditar que poderia encontrar compradores para uma participação majoritária na Westinghouse, apesar do potencial de perdas futuras, pois a unidade tinha um negócio estável de combustível e serviços.

O presidente-executivo Satoshi Tsunakawa, contudo, contornou as dúvidas sobre um possível pedido de recuperação judicial para a Westinghouse, dizendo apenas que havia várias opções. Fontes disseram que advogados especializados na área de falências foram contratados como uma etapa exploratória.

A venda representaria a mais recente de uma série de medidas drásticas de como Toshiba lida com o turbilhão financeiro multibilionário decorrente da malfadada compra da Westinghouse de uma empresa de construção de usina nuclear dos EUA em 2015.

A companhia já colocou a maioria ou até mesmo todo o seu negócio de chips de memória premiado à venda para lidar com uma baixa contábil por vir de 6,3 bilhões de dólares para o negócio nuclear e para criar um amortecedor para potenciais perdas no caminho.

A Westinghouse tem sido afetada por custos excedentes enormes em dois projetos dos EUA na Geórgia e na Carolina do Sul e os passivos relacionados a esses projetos significam que é improvável que seja um ativo fácil de vender, apesar da tecnologia atraente.

Tsunakawa enfatizou que os projetos eram apenas uma pequena parte dos negócios da Westinghouse.

"Cerca de 80 por cento das receitas da Westinghouse vêm de negócios estáveis ​​em serviços e negócios relacionados com o combustível, então acho que isso será levado em consideração também", disse ele em entrevista coletiva.

Ele acrescentou, no entanto, que ainda não estava claro se a Toshiba seria paga pelo comprador ou teria que pagar ao comprador para tirar a Westinghouse de suas mãos.

A Toshiba pretende retirar a Westinghouse de suas contas consolidadas até o final do próximo exercício, em março de 2018, disse ele.

A KEPCO, da Coreia do Sul, é vista pelos executivos da indústria como o único comprador em potencial, à medida que se expande em termos nucleares após um acordo bem-sucedido nos Emirados Árabes Unidos.

A KEPCO disse nesta terça-feira que consideraria uma aproximação da Toshiba. "Analisaremos o projeto global e avaliar como esse projeto seria benéfico para nós", disse um porta-voz.

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