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Crise em empresas de Eike é destaque do Financial Times

A reportagem diz que "a OGX se aproxima do que poderia ser a maior quebra empresarial da América Latina"

O empresário Eike Batista: "as ações da OGX caíram mais de 90% este ano após a empresa não cumprir metas de produção", diz a reportagem (Marcos Issa/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de outubro de 2013 às 09h15.

Londres - A novela das empresas X é destaque na primeira página do jornal britânico Financial Times nesta quarta-feira, 30. Com o título "Magnata Batista luta para evitar maior calote da América Latina", a reportagem diz que a "a dramática queda em desgraça do magnata brasileiro Eike Batista entrou em sua fase final na terça-feira, 29, e a petroleira OGX se aproxima do que poderia ser a maior quebra empresarial da América Latina".

Assinada pela repórter do FT em São Paulo Samantha Pearson, a reportagem diz que, após as tentativas frustradas de negociação com os credores, a empresa está prestes a apresentar o pedido de recuperação judicial.

"Isso poderia dar tempo para a empresa tratar de reabrir as negociações com os credores sob o processo de recuperação e evitar um enfrentamento direto com o órgão regulador, que pode retirar as concessões de empresas insolventes", diz a reportagem.

"As ações da OGX caíram mais de 90% este ano após a empresa não cumprir metas de produção e a suspensão do desenvolvimento de três poços produtores de petróleo", diz o texto, afirmando que os investidores "que uma vez acreditaram que o empreendimento poderia se converter em uma versão privada da Petrobras" receberam um duro golpe com o fracasso da empreitada.

A reportagem reconhece que o Brasil avançou nos últimos anos na legislação para empresas com dificuldades financeiras. Apesar disso, a Lei de Falências tem aspectos que podem gerar problemas em um eventual processo com as empresas de Eike.

Um dos pontos apontados pelo FT é a permanência do controlador - no caso, de Eike Batista - no grupo que decide os rumos do grupo com problemas financeiros. Nos Estados Unidos, se uma companhia entra no chamado "Chapter 11", os executivos que levaram a empresa aos problemas financeiros deixam o comando.

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Assinada pela repórter do FT em São Paulo Samantha Pearson, a reportagem diz que, após as tentativas frustradas de negociação com os credores, a empresa está prestes a apresentar o pedido de recuperação judicial.

"Isso poderia dar tempo para a empresa tratar de reabrir as negociações com os credores sob o processo de recuperação e evitar um enfrentamento direto com o órgão regulador, que pode retirar as concessões de empresas insolventes", diz a reportagem.

"As ações da OGX caíram mais de 90% este ano após a empresa não cumprir metas de produção e a suspensão do desenvolvimento de três poços produtores de petróleo", diz o texto, afirmando que os investidores "que uma vez acreditaram que o empreendimento poderia se converter em uma versão privada da Petrobras" receberam um duro golpe com o fracasso da empreitada.

A reportagem reconhece que o Brasil avançou nos últimos anos na legislação para empresas com dificuldades financeiras. Apesar disso, a Lei de Falências tem aspectos que podem gerar problemas em um eventual processo com as empresas de Eike.

Um dos pontos apontados pelo FT é a permanência do controlador - no caso, de Eike Batista - no grupo que decide os rumos do grupo com problemas financeiros. Nos Estados Unidos, se uma companhia entra no chamado "Chapter 11", os executivos que levaram a empresa aos problemas financeiros deixam o comando.

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