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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.
O desaquecimento da economia nos Estados Unidos começa a afetar um dos maiores símbolos do Capitalismo americano, o McDonald';s. Maior rede de restaurantes do mundo, a empresa divulgou nesta segunda-feira (28/01) um aumento de 2,6% nos lucros do quarto trimestre de 2007, mas, ainda assim, as ações da companhia despencaram quase 7% na Bolsa de Nova York, na mesma manhã do anúncio.
O motivo da queda foi o fato de o aumento de ganhos só ter ocorrido por causa de benefícios fiscais e do desempenho da rede na Europa e na Ásia. Esses mercados acabaram por compensar a estagnação nos EUA, onde o crescimento de vendas em dezembro, levando-se em conta as lojas abertas há mais de um ano, foi próximo a zero. O número marca a taxa de expansão do faturamento como a menor em quase cinco anos.
Esse desânimo no consumo é um resultado direto da crise que começou no mercado imobiliário e espalhou-se pela economia produtiva do país. Em nota, o McDonald';s atribui o desempenho à redução de atividade do consumidor e até ao "inverno rigoroso" no hemisfério norte. Também pesa para a diminuição do volume de compras o preço elevado do combustível, nos últimos meses, o que faz sobrar menos dinheiro no bolso dos americanos.
O efeito da crise macroeconômica sobre a cadeia de lanchonetes representa uma brecha na idéia de que a companhia é blindada a crises, como chegaram a dizer analistas que cobrem o setor, diante da elevação contínua de vendas que o McDonald';s vinha apresentando, há mais de um ano. O baque também aponta para o fato de nem mesmo as estratégias responsáveis pelo avanço da empresa, nos trimestres mais recentes, terem feito diferença no resultado de dezembro.
Entre as apostas bem-sucedidas do McDonald';s está o lançamento de cafés feitos a partir de grãos Premium, com sabor mais forte, além da aposta em ambientes mais semelhantes a cafeterias e a divulgação do cheeseburger de 1 dólar, estrela do cardápio econômico da rede.