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Crédito forte leva lucro do BB a R$2,93 bi no 1o tri

No Banco do Brasil foi o varejo que mais tomou crédito em 2011, ao contrário de concorrentes, aumentando a margem de lucratividade

O BB fez sua estreia no varejo bancário dos Estados Unidos em abril e manteve a previsão de crescer sua carteira de crédito de 17% até 20% (Pedro Zambarda/EXAME.com)

O BB fez sua estreia no varejo bancário dos Estados Unidos em abril e manteve a previsão de crescer sua carteira de crédito de 17% até 20% (Pedro Zambarda/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de maio de 2011 às 10h44.

São Paulo - O forte avanço do crédito ao consumo e outra queda dos níveis de inadimplência fizeram o Banco do Brasil lucrar mais do que as expectativas do mercado no início de 2011.

O maior banco latino-americano reportou pela manhã que teve lucro líquido de 2,93 bilhões de reais no primeiro trimestre, montante 24,7 por cento superior ao de igual período de 2010. Na base recorrente, o lucro foi de somou 2,92 bilhões de reais, alta anual de 42,2 por cento. A previsão de seis analistas consultados pela Reuters apontava 2,69 bilhões de reais.

Diferente de seus competidores Bradesco, Itaú Unibanco e Santander Brasil, no BB foi o varejo e não a pessoa jurídica o público que mais tomou crédito no começo do ano, apesar das medidas prudenciais tomadas pelo governo no fim de 2010 para conter o consumo.

No fim de março, a carteira de crédito do BB, incluindo avais e fianças, era de 397,5 bilhões de reais, alta anual de 21,2 por cento. O empréstimo para pessoa física cresceu 22,5 por cento na comparação anual, para 116,5 bilhões, puxado pelas linhas de crédito pessoal e para compra de veículos. O crédito para empresas subiu 20,7 por cento, a 179,4 bilhões de reais.

O banco, que fez sua estreia no varejo bancário dos Estados Unidos em abril, com a compra do Eurobank, manteve a previsão de crescer sua carteira de crédito de 17 a 20 por cento.

A melhora na qualidade dos ativos também contribuiu para o resultado final. De janeiro a março, o índice de inadimplência da carteira do BB, medido pelo saldo de operações vencidas com prazo superior a 90 dias, ficou em 2,1 por cento, um ponto percentual menor do que no primeiro quarto de 2010.

Essa melhora fez com que as provisões para perdas esperadas pelo BB com calotes somassem 2,63 bilhões de reais no trimestre, ante 2,96 bilhões de reais um ano antes.

Com isso, a rentabilidade do BB sobre patrimônio líquido, importante indicador de lucratividade no setor bancário, ficou em 24,9 por cento, ante 28 por cento no início do ano passado.


Mas, mesmo sendo a maior instituição bancária do país por ativos --somavam 866,6 bilhões de reais no fim de março, alta anual de 19,6 por cento-- o BB teve lucro inferior ao de seus principais concorrentes.

Na semana passada, o Itaú Unibanco havia reportado lucro de 3,53 bilhões de reais no primeiro trimestre. Dias antes, o Bradesco abriu a temporada anunciando lucro de 2,7 bilhões de reais de janeiro a março.

Às 10h02, as ações do Banco do Brasil subiam 0,8 por cento, enquanto o Ibovespa mostrava alta de 0,14 por cento.

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