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CPI paulistana insiste em ouvir comando da Alstom

O presidente da CPI disse que vai tentar derrubar a liminar obtida na Justiça pelo empresário, que o desobrigou de comparecer diante dos vereadores

Fábrica da Alstom: na avaliação do PSDB, a CPI, sob comando petista, estaria tentando explorar politicamente o caso do cartel. O PT nega (VEJA SP)
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Da Redação

Publicado em 25 de outubro de 2013 às 09h00.

São Paulo - A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instalada na Câmara Municipal de São Paulo vai insistir na convocação do atual presidente da Alstom , Marcos Costa, para depor sobre o cartel dos trens. O presidente da CPI, vereador Paulo Fiorilo (PT), disse nesta quinta-feira, 24, que vai tentar derrubar a liminar obtida na Justiça pelo empresário na semana passada. Essa liminar desobrigou o executivo de comparecer diante dos vereadores.

A necessidade de ouvir o presidente da multinacional francesa foi reforçada, segundo integrantes da CPI, após o jornal O Estado de S. Paulo ter publicado reportagem nesta quinta sobre um e-mail enviado em 2004 pelo então presidente da Alstom, José Luiz Alquéres, a dirigentes da multinacional no qual "recomendava enfaticamente" os serviços do consultor Arthur Teixeira, apontado pelo Ministério Público como lobista e pagador de propinas a servidores de estatais do setor metroferroviário. No e-mail, Alquéres fala ainda em "amigos tucanos" no governo de São Paulo.

Há 2 anos e 8 meses, a Suíça enviou ao Brasil documentos que envolvem a Alstom em suposto esquema de pagamento de propinas a um ex-diretor da CPTM, João Roberto Zaniboni.

Entre os papéis estava o e-mail de Alquéres, datado de novembro de 2004. Mas o dossiê ficou engavetado no Ministério Público Federal. Há 20 dias, no entanto, outras esferas de investigação no Brasil receberam cópias dos mesmos papéis, em regime de compartilhamento.

"Nós intimamos novamente o presidente da Alstom. Estamos tentando derrubar a liminar. A reportagem do jornal reforça a linha do debate. Agora nós cremos que ele venha", disse Fiorilo, presidente da CPI criada após os protestos contra o reajuste do preço da tarifa de ônibus e do Metrô. Controlada pelo PT, a comissão passou a investigar também as suspeitas de cartel e propinas envolvendo o governo paulista, comandado pelos adversários do PSDB,


Na avaliação do PSDB, a CPI, sob comando petista, estaria tentando explorar politicamente o caso do cartel. O PT nega.

Na Assembleia paulista, a comissão para investigar denúncias de cartel ainda não foi instalada. A Casa é composta por maioria de parlamentares aliados ao governador Geraldo Alckmin (PSDB). Dos 94 deputados, apenas 28 já assinaram o pedido de abertura de CPI, encabeçada pela liderança do PT. Para instauração da comissão, são necessárias 32 assinaturas.

Para o líder do PSDB, deputado Carlos Bezerra, o fato de a Casa não ter instalado uma comissão não é sinal de falta de proatividade. "A Assembleia vem participando, vários agentes públicos prestaram esclarecimentos nas comissões", disse o tucano, para quem não há necessidade de CPI.

"Veja a CPI no Congresso que investigou o mensalão. Foram gastos mais de R$ 700 mil, Tudo o que está acontecendo nesse momento não é fruto da CPI, mas das investigações do Ministério Público."

Nesta quinta, Alckmin voltou a defender a punição de agentes públicos nas denúncias de cartel. Também citado no e-mail, o ex-governador José Serra declarou: "Ele (presidente da Alstom em 2004) disse, no e-mail, que tinha boas relações comigo e que eu via com bons olhos que a Alstom reativasse a Mafersa, que produzia equipamentos ferroviários. Só que eles já tinham pegado a Mafersa anos antes." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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São Paulo - A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instalada na Câmara Municipal de São Paulo vai insistir na convocação do atual presidente da Alstom , Marcos Costa, para depor sobre o cartel dos trens. O presidente da CPI, vereador Paulo Fiorilo (PT), disse nesta quinta-feira, 24, que vai tentar derrubar a liminar obtida na Justiça pelo empresário na semana passada. Essa liminar desobrigou o executivo de comparecer diante dos vereadores.

A necessidade de ouvir o presidente da multinacional francesa foi reforçada, segundo integrantes da CPI, após o jornal O Estado de S. Paulo ter publicado reportagem nesta quinta sobre um e-mail enviado em 2004 pelo então presidente da Alstom, José Luiz Alquéres, a dirigentes da multinacional no qual "recomendava enfaticamente" os serviços do consultor Arthur Teixeira, apontado pelo Ministério Público como lobista e pagador de propinas a servidores de estatais do setor metroferroviário. No e-mail, Alquéres fala ainda em "amigos tucanos" no governo de São Paulo.

Há 2 anos e 8 meses, a Suíça enviou ao Brasil documentos que envolvem a Alstom em suposto esquema de pagamento de propinas a um ex-diretor da CPTM, João Roberto Zaniboni.

Entre os papéis estava o e-mail de Alquéres, datado de novembro de 2004. Mas o dossiê ficou engavetado no Ministério Público Federal. Há 20 dias, no entanto, outras esferas de investigação no Brasil receberam cópias dos mesmos papéis, em regime de compartilhamento.

"Nós intimamos novamente o presidente da Alstom. Estamos tentando derrubar a liminar. A reportagem do jornal reforça a linha do debate. Agora nós cremos que ele venha", disse Fiorilo, presidente da CPI criada após os protestos contra o reajuste do preço da tarifa de ônibus e do Metrô. Controlada pelo PT, a comissão passou a investigar também as suspeitas de cartel e propinas envolvendo o governo paulista, comandado pelos adversários do PSDB,


Na avaliação do PSDB, a CPI, sob comando petista, estaria tentando explorar politicamente o caso do cartel. O PT nega.

Na Assembleia paulista, a comissão para investigar denúncias de cartel ainda não foi instalada. A Casa é composta por maioria de parlamentares aliados ao governador Geraldo Alckmin (PSDB). Dos 94 deputados, apenas 28 já assinaram o pedido de abertura de CPI, encabeçada pela liderança do PT. Para instauração da comissão, são necessárias 32 assinaturas.

Para o líder do PSDB, deputado Carlos Bezerra, o fato de a Casa não ter instalado uma comissão não é sinal de falta de proatividade. "A Assembleia vem participando, vários agentes públicos prestaram esclarecimentos nas comissões", disse o tucano, para quem não há necessidade de CPI.

"Veja a CPI no Congresso que investigou o mensalão. Foram gastos mais de R$ 700 mil, Tudo o que está acontecendo nesse momento não é fruto da CPI, mas das investigações do Ministério Público."

Nesta quinta, Alckmin voltou a defender a punição de agentes públicos nas denúncias de cartel. Também citado no e-mail, o ex-governador José Serra declarou: "Ele (presidente da Alstom em 2004) disse, no e-mail, que tinha boas relações comigo e que eu via com bons olhos que a Alstom reativasse a Mafersa, que produzia equipamentos ferroviários. Só que eles já tinham pegado a Mafersa anos antes." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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