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Cosan tem prejuízo de R$ 174 milhões no 2º trimestre

Empresa atribuiu a queda à rápida propagação da covid-19, com intensificação do isolamento social, que resultaram em queda brusca da demanda

Cosan: empresa reportou nesta segunda-feira prejuízo líquido de 174,4 milhões de reais no segundo trimestre (Amanda Perobelli/Reuters)

Cosan: empresa reportou nesta segunda-feira prejuízo líquido de 174,4 milhões de reais no segundo trimestre (Amanda Perobelli/Reuters)

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Reuters

Publicado em 10 de agosto de 2020 às 20h55.

A Cosan reportou nesta segunda-feira prejuízo líquido de 174,4 milhões de reais no segundo trimestre, ante lucro de 418,3 milhões de reais no mesmo período de 2019, impactado pelos efeitos da pandemia do coronavírus e a efeitos cambiais.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado caiu 56,5% no comparativo anual, para 517,8 milhões de reais.

A empresa atribuiu a queda à rápida propagação da covid-19, com intensificação das medidas de isolamento social, que resultaram em queda brusca da demanda e da atividade industrial.

Sem ajuste, o recuo do Ebitda seria de 58,2%, para 590,8 milhões de reais, conforme a empresa.

"O prejuízo do período foi...afetado também pelo efeito da desvalorização do real na parcela não protegida do bônus perpétuo", afirmou a Cosan.

A geração de caixa proforma (FCFE) totalizou 1,1 bilhão de reais, devido à maior captação de recursos na Comgás e Raízen, parcialmente compensada pelo menor caixa gerado.

A alavancagem mensurada pela relação entre dívida líquida e Ebitda subiu para 2,4 vezes, "em função de menor geração de caixa e contribuição dos resultados operacionais", acrescentou.

A receita líquida baixou 33,1% no trimestre, para 11,8 bilhões de reais.

Mas a Cosan considerou que a fase mais dura da crise já foi ultrapassada.

"Já notamos recuperação gradual ao longo dos meses em todos nossos negócios, em linha com a flexibilização das medidas de restrição da circulação de pessoas, indicando que o pior parece ter ficado para trás."

Sucroenergético

O Ebitda ajustado do segundo trimestre --primeiro da safra 2020/21-- da Raízen Energia registrou queda de 18%, atingindo 329 milhões de reais.

O resultado refletiu menor volume próprio de vendas de açúcar, em linha com a estratégia de venda para o ano-safra, disse a Cosan, explicando que esse efeito foi parcialmente compensado pelos melhores preços e pelo menor custo de produção.

"O clima mais seco do período possibilitou um aumento da concentração de sacarose na cana e crescimento de 5% na moagem, que totalizou 22 milhões de toneladas", informou.

A produção de açúcar equivalente foi de 2,7 milhões de toneladas, alta de 12%. O mix de produção foi de 54% para o açúcar (versus 49% um ano antes), em linha com o planejamento para o ano-safra, com foco na priorização do adoçante.

Na Raizen Combustíveis, a queda na circulação de pessoas e o cenário decorrente da pandemia levou a um Ebitda ajustado negativo em 213,3 milhões de reais no trimestre.

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