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Corte rejeita pedido de prisão preventiva de chefe da Samsung

Para o tribunal, os promotores não apresentaram provas suficientemente sólidas para a prisão de Lee

Jay Y. Lee: promotores acusam Lee de entregar ou prometer 43 bilhões de wons em subornos à confidente de Park, Choi Soon-Sil (Kim Hong-Ji/Reuters)

Jay Y. Lee: promotores acusam Lee de entregar ou prometer 43 bilhões de wons em subornos à confidente de Park, Choi Soon-Sil (Kim Hong-Ji/Reuters)

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AFP

Publicado em 18 de janeiro de 2017 às 20h39.

Última atualização em 19 de janeiro de 2017 às 08h30.

Um tribunal de Seul rejeitou nesta quinta-feira um pedido de prisão contra o herdeiro do grupo Samsung, Lee Jae-Yong, com base na investigação do escândalo de corrupção que levou ao afastamento da presidente sul-coreana, Park Guen-Hye, informou a promotoria.

O tribunal do distrito central de Seul negou o pedido de prisão apresentado pela promotoria contra Lee na segunda-feira, por corrupção, malversação e perjúrio.

Os promotores acusam Lee de entregar ou prometer 43 bilhões de wons (36,3 milhões de dólares) em subornos à confidente de Park, Choi Soon-Sil.

Segundo os promotores, o dinheiro visava obter apoio do governo para a fusão de duas filiais da Samsung, um movimento crucial para a transmissão de poderes no grupo - o maior fabricante de smartphones do mundo e empresa-chave da economia sul-coreana - para Lee.

A união da Cheil Industries e C&T era muito criticada por alguns acionistas, mas a Caixa Nacional de Pensões (NPS), grande acionista da Samsung e controlada pelo ministério das Questões Sociais, deu sinal verde à operação.

Para o tribunal, os promotores não apresentaram provas suficientemente sólidas para a prisão de Lee.

Lee Jae-Yong, interrogado na semana passada durante 22 horas, corria o risco de ser o primeiro líder empresarial preso no âmbito deste escândalo que já custou o cargo da própria presidente.

Choi Soon-Sil, confidente da presidente e chamada de "Rasputina sul-coreana", está sendo julgada por utilizar seu relacionamento com Park para embolsar enormes somas de dinheiro de grandes conglomerado sul-coreanos, que pagaram milhões de dólares a fundações privadas criadas por ela.

Mais de dez pessoas foram presas, incluindo Choi, os ex-ministros da Cultura e de Questões Sociais, um ex-diretor do gabinete presidencial e um professor universitário.

A Samsung, o maior grupo industrial do país, foi a mais generosa, doando 20 bilhões de wons (17 milhões de dólares) às fundações de Choi, à frente de Hyundai, SK, LG e Lotte, e ordenou uma movimentação de milhões de euros sob pretexto de financiar treinamentos de jóqueis sul-coreanos na Alemanha, entre eles a filha da confidente de Park.

Park, acusada de "coluio" com Choi, foi destituída do parlamento no início de dezembro, e essa decisão deve ainda ser ratificada pelo Tribunal Constitucional.

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