Negócios

Corretora do Santander rebaixa ações de construtoras

Pacote habitacional do governo traz boas perspectivas, mas alta das ações deixam pouco espaço para maiores ganhos

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

Indo de acordo com a maré de alta do Ibovespa, principal índice de referência da bolsa brasileira, as ações de corretoras subiram bruscamente nas últimas semanas, também impulsionadas pelo pacote habitacional do governo. Porém, a euforia pode estar com os dias contados, na visão da corretora do Santander, que opera separadamente do banco.

Os analistas acreditam que nos atuais níveis em que operam, os papéis das construtoras brasileiras precificam os benefícios do plano, mas ficou difícil de encontrar espaço para mais valorizações no setor. "Precificando em breve, acreditamos que as ações estão sujeitas a uma correção, e, portanto, recomendamos que os investidores realizem lucro no setor", afirmaram.

Um potencial de novas altas para os ativos seria justificado por uma combinação de taxas de crescimento em médio prazo e retornos, em adição a uma queda maior na aversão ao risco dos investidores.

A corretora ressaltou que sua preferência continua com as empresas com foco em baixa renda, que são mais influenciadas pelo plano governamental. Tais papéis, porém, tiveram também um desempenho mais forte, o que fez com que a recomendação à PDG fosse rebaixada de compar para manter, a mesma recebida pela MRV.

Agra e Rossi também tiveram suas recomendações revisadas para baixo, de comprar para manter, enquanto que os papéis da Gafisa foram rebaixados de comprar para underperform (desempenho abaixo da média do mercado) - mesma recomendação recebida pela Cyrela. A Brascan é a única que continua com recomendação de compra, por estar descontada e com crescente liquidez.

Perspectivas

As ações das construtoras podem ter sido rebaixadas, mas a corretora do Santander destacou que as perspectivas para as companhias melhoraram desde o lançamento do pacote governamental.

No fim de 2008, a restrição de crédito fazia com que os analistas esperassem uma forte contração de vendas, mas a expectativa agora é que haja crescimento no número em 2009, principalmente para as empresas que mantêm um foco maior na população de baixa renda.

"Reconhecemos o potencial do pacote de até mesmo dobrar o mercado habitacional, entretanto, acreditamos ser importante destacar que nem todas as companhias deve se beneficiar igualmente e que muitas não teriam a habilidade de expandir tanto a oferta", reforçaram.
 

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais de Negócios

Empreendedor produz 2,5 mil garrafas de vinho por ano na cidade

Após crise de R$ 5,7 bi, incorporadora PDG trabalha para restaurar confiança do cliente e do mercado

Após anúncio de parceria com Aliexpress, Magalu quer trazer mais produtos dos Estados Unidos

De entregadores a donos de fábrica: irmãos faturam R$ 3 milhões com pão de queijo mineiro

Mais na Exame