Negócios

Corretor do JPMorgan é barrado por esquema milionário

Finra culpou o corretor por seu papel no que disse ter sido um esquema de uso de informação privilegiada que rendeu US$ 9 milhões


	JPMorgan Chase & Co. em Nova York:  David Gutman foi acusado de compartilhar informações sobre transações de fusões e aquisições
 (Getty Images)

JPMorgan Chase & Co. em Nova York:  David Gutman foi acusado de compartilhar informações sobre transações de fusões e aquisições (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 3 de janeiro de 2014 às 00h09.

Nova York - A Autoridade Reguladora da Indústria Financeira (Finra, na sigla em inglês) barrou um corretor que trabalhou no departamento de compliance - um mecanismo interno para garantir que a companhia siga as leis - nos bancos de investimento do JPMorgan. A Finra culpou o corretor por seu papel no que disse ter sido um esquema de uso de informação privilegiada que rendeu US$ 9 milhões aos envolvidos.

David Gutman foi acusado de compartilhar informações sobre transações de fusões e aquisições nas quais o JPMorgan mediava para um amigo, Christopher Tyndall, que também trabalhava como corretor na Meyers Associates. Os dois foram demitidos, segundo informações da Finra e de uma pessoa com conhecimento do assunto.

Gutman não confirmou nem negou as acusações feitas pelo regulador, mas concordou em ser barrado da indústria de corretagem, segundo uma ordem datada de 31 de dezembro e publicada no site da Finra hoje.

O regulador disse que ele falhou em manter as informações confidenciais em 2006 sobre grandes negócios pendentes, como a aquisição da North Fork Bancorp pela Capital One Financial Corporation e a compra da American Power Conversion pela Schneider Electric. As informações de outros 13 negócios feitos entre março de 2006 e outubro de 2007 também vazaram, disse o regulador.

A Finra disse que Tyndal arrecadou US$ 870 mil em comissões sobre dicas dos negócios mediados pelo JPMorgan, que repassou para 13 clientes. As pessoas que operaram no mercado com essas informações privilegiadas, incluindo o próprio Tyndall, arrecadaram mais de US$ 9 milhões, segundo a acusação do regulador.

Quanto ao papel de Gutman, ainda não é claro se ele se beneficiou financeiramente com o compartilhamento das informações. Ele não teve que pagar nenhum tipo de multa, informou a Finra.

Um advogado do ex-funcionário do JPMorgan não estava imediatamente disponível para comentar. Ações disciplinares contra Tyndall, que não foi localizado para comentar o assunto, estão pendentes. Fonte: Dow Jones Newswires.

Acompanhe tudo sobre:bancos-de-investimentoEmpresasEmpresas americanasInside tradingJPMorganMercado financeiroRegulamentação

Mais de Negócios

De hábito diário a objeto de desejo: como a Nespresso transformou o café em luxo com suas cápsulas?

Mesbla, Mappin, Arapuã e Jumbo Eletro: o que aconteceu com as grandes lojas que bombaram nos anos 80

O negócio que ele abriu no início da pandemia com R$ 500 fatura R$ 20 milhões em 2024

10 mensagens de Natal para clientes; veja frases