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Copresidente de empresa acionista da Azul morre em acidente na França

O presidente do conglomerado chinês HNA, Wang Jian, morreu na França, após uma queda acidental, quando tentava tirar uma foto

HNA: além de estar no capital da Azul, o grupo também tem participação em outras companhias estrangeiras como Aigle Azur (França), Virgin Australia (Austrália) e TAP (Portugal) (Rafael Luiz Canossa/Reprodução)

HNA: além de estar no capital da Azul, o grupo também tem participação em outras companhias estrangeiras como Aigle Azur (França), Virgin Australia (Austrália) e TAP (Portugal) (Rafael Luiz Canossa/Reprodução)

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AFP

Publicado em 4 de julho de 2018 às 08h41.

Na mira das autoridades por seu frenesi de aquisições no exterior, o presidente do conglomerado chinês HNA, Wang Jian, morreu na França, após uma queda acidental, quando tentava tirar uma foto - anunciou o grupo nesta quarta-feira (4).

Wang Jian, presidente e fundador, morreu na terça-feira na região de Provence (sul), aos 57 anos, de acordo com um comunicado dessa empresa, ativa nos setores de turismo, logística e transporte aéreo.

Wang visitava a localidade de Bonnieux, quando sofreu uma queda mortal, segundo os gendarmes.

"Havia subido em um parapeito alto para tirar uma foto e caiu", disseram os gendarmes. Os bombeiros não conseguiram reanimá-lo.

Assim como no caso de Wanda (cinemas e imóveis), Fosun (lazer e turismo) e Anbang (seguradoras e hotelaria), o grupo HNA, fundado em 2000 na ilha de Hainan (sul), faz parte dos conglomerados que estão há um ano na mira dos reguladores chineses, preocupados com a amplitude dos empréstimos contraídos para financiar suas aquisições, especialmente no exterior.

"Choramos a perda de um dirigente excepcionalmente talentoso e de um modelo, cuja visão e valores continuarão servindo de guia para todos os que tiveram a sorte de conhecê-lo", acrescentou a HNA em seu comunicado.

O grupo, casa matriz da companhia aérea chinesa Hainan Airlines, desenvolveu-se rapidamente à base de aquisições.

Nos últimos dois anos, gastou pelo menos 50 bilhões de dólares em investimentos e compras de participações, não isentas de polêmica sobre a opacidade de suas complexas estruturas acionárias.

Assim, entrou no capital de várias companhias aéreas estrangeiras: Azul (Brasil), Aigle Azur (França), Virgin Australia (Austrália) e TAP (Portugal).

No final de 2017, a HNA anunciou que sua dívida total chegava a 638 bilhões de iuanes (94,8 bilhões de dólares), um aumento de 36% em relação ao final de 2016.

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