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Em mais um leilão fraco, consórcio da Petrobras leva único bloco

Bloco de Aram foi arrematado por R$ 5,05 bilhões; área é considerada a mais nobre da licitação e também a mais cara

Plataforma de Petróleo: consórcio que levou campo é formado pelas empresas Petrobras e pela chinesa CNODC (Germano Lüders/Exame)
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Reuters

Publicado em 7 de novembro de 2019 às 10h16.

Última atualização em 7 de novembro de 2019 às 10h54.

São Paulo — Assim como na quarta-feira, 6, a Petrobras salvou o leilão de áreas de pré-sal do governo realizado nesta quinta-feira, 7. A estatal levou uma única área em sociedade com a estatal chinesa CNODC. O bloco de Aram, arrematado pelas duas companhias, é o mais nobre entre os cinco ofertados na 6ª Rodada de Partilha.

No passado, a área chegou a ser arrematada pela italiana Eni com ágio recorde, mas acabou sendo devolvido à União porque a petroleira não teve cacife para fazer frente à promessa de bônus oferecida ao governo.

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Ao todo, o governo arrecadou R$ 5,5 bilhões de bônus de assinatura na licitação desta quinta-feira, com o bloco de Aram. O investimento previsto é de R$ 278 milhões. Não foi oferecido ágio sobre o porcentual mínimo de repasse da produção de óleo à União.

O resultado contrariou as expectativas do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e também do diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, Décio Oddone.

O ministro disse que a licitação seria mais competitiva, enquanto Oddone deu o sucesso como certo.

Mas, ao contrário do esperado, até mesmo as áreas pelas quais a Petrobras informou ter interesse de comprar e obter participação mínima de 30%, como permite a lei, ficaram sem ofertas. Foi assim com o bloco Sudoeste de Sagitário na Bacia de Santos, o mais barato da concorrência, e Norte de Brava, na Bacia de Campos.

Também na 6ª Rodada as grandes petroleiras estrangeiras se ausentaram. A exceção foi a chinesa CNODC, que, na quarta-feira, firmou-se como sócia da estatal no campo de Búzios, no megaleilão da cessão onerosa.

A leitura de Oddone é que "acabou o ciclo de leilões bilionários". O argumento é que as companhias acumularam muitos ativos nas últimas licitações e que está na hora de explorar e investir no que foi vendido no passado.

A ANP habilitou 13 empresas para a concorrência, entre multinacionais e brasileiras: BP (Inglaterra); Chevron (EUA); CNODC (China); CNOOC (China); Ecopetrol (Colômbia), ExxonMobil (EUA); Murphy (EUA), Petrobras (Brasil), Petronas (Malásia), QPI (Catar), Repsol Sinopec (Espanha-China), Shell (Inglaterra-Holanda) e Wintershall (Alemanha).

Não houve proposta para os outros blocos ofertados, que incluíam Bumerangue, Cruzeiro do Sul e Sudoeste de Sagitário, na Bacia de Santos, e Norte de Brava, na Bacia de Campos.

O bônus de assinatura fixo total do leilão era de 7,85 bilhões de reais.

A Petrobras havia exercido o direito de preferência por Aram, Sudoeste de Sagitário e Norte de Brava.

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