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Comunidade Primavera - Cesp

Há 20 anos, a dona-de-casa Hortencia Falci chegou à vila de Primavera, extremo oeste do estado de São Paulo, acompanhando o marido, empregado na construção da Usina Hidrelétrica de Porto Primavera, da Cesp. A usina, segunda maior hidrelétrica do estado de São Paulo, deve ser concluída em 2002, mas, mesmo com o fim da obra, […]

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 13h16.

Há 20 anos, a dona-de-casa Hortencia Falci chegou à vila de Primavera, extremo oeste do estado de São Paulo, acompanhando o marido, empregado na construção da Usina Hidrelétrica de Porto Primavera, da Cesp. A usina, segunda maior hidrelétrica do estado de São Paulo, deve ser concluída em 2002, mas, mesmo com o fim da obra, Hortencia não pretende deixar Primavera. Normalmente, quando uma hidrelétrica fica pronta, as pessoas envolvidas na construção retiram-se do local. Com Primavera vai ser diferente. A vila nasceu em 1981 como um acampamento, mas ganhou vida própria e tornou-se tão desenvolvida quanto Rosana, o município ao qual pertence. A comunidade possui comércio, faculdade e hospital. Mas não é só pelo desenvolvimento que Hortencia e a maioria dos cerca de 12 mil habitantes da comunidade (80% ligados à construção da hidrelétrica) querem permanecer no local. A cidade oferece ótima qualidade de vida. É limpa, organizada e muito arborizada , diz Hortencia.

A qualidade tem a ver com o programa que a Cesp, administradora da comunidade, implanta no local desde 1997. Naquele ano, Primavera foi a primeira cidade do país a adotar um plano de gestão de qualidade total. O programa segue o modelo usado internamente pela empresa, mas adaptado à realidade de uma cidade. A partir de planos de ação, funcionários da Cesp e os moradores da cidade organizam a coleta e a reciclagem do lixo, a sinalização do trânsito, o controle da poluição visual do comércio local, arborização, campanhas de saúde e cursos de capacitação profissional. A campanha envolve reuniões, palestras, distribuição de cartilhas e utilização do ônibus da qualidade, que percorre toda a cidade oferecendo treinamento. Grupos de mais de 80 moradores treinados para orientar a população agem como multiplicadores do programa e se encarregam de detectar e solucionar os problemas.

O plano prepara a cidade para se desvincular da maneira menos traumática possível da Cesp que deixa a administração da vila no final das obras. O que é mais gratificante é saber que, na hora em que a Cesp cortar o cordão umbilical com Primavera, vamos deixar uma comunidade com padrão de qualidade de vida perpetuado e muito acima da média da região , diz Guilherme Cirne de Toledo, presidente da Cesp. A companhia investe 12 milhões de reais por ano em Primavera.

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