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Compre online, retire na loja: uma Black Friday diferente

Empresas que disponibilizam o estoque pela internet ou permitem retirada em loja deverão ter vantagem

 (Dylan Ellis/Thinkstock)

(Dylan Ellis/Thinkstock)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 20 de novembro de 2018 às 15h00.

Última atualização em 20 de novembro de 2018 às 15h00.

São Paulo - Celebrada no Brasil desde 2011, a Black Friday se consolidou como uma data de compras principalmente no comércio eletrônico. No entanto, a edição de 2018 tem uma característica especial. Será a Black Friday mais offline até então.

A consolidação da Black Friday no e-commerce ao longo dos anos levou à expansão do festival de ofertas para o mundo off-line. A compra on-line com entrega na loja física, por exemplo, teve pico de buscas em 2017, de acordo com o Google, e deve se fortalecer esse ano.

A grande maioria dos consumidores começa a pesquisar o que pretende adquirir pela internet. Mas nem todos finalizam as compras no meio online. Por conveniência, tempo de entrega ou para não pagar frete, optam por retirar as compras em loja.

Dessa forma, empresas que disponibilizam o estoque pela internet ou permitem retirada em loja de compras online deverão ter vantagem. O comportamento também ajuda empresas a organizarem melhor sua logística de entrega, um problema importante nas primeiras edições do evento.

Empresas como Magazine Luiza, Via Varejo e Lojas Americanas e B2W têm trabalhado para ampliar o modelo Clique e Retire em suas empresas, com a integração maior entre lojas físicas e o comércio eletrônico.

Na Via Varejo, dona das marcas Casas Bahia e Ponto Frio, o modelo atingiu 31,3% das vendas online nas principais categorias. Na B2W, mais de mil lojas já estão cadastradas para o serviço.

Os consumidores começam a pesquisar cada vez mais cedo sobre Black Friday e a pesquisa on-line é o método preferido para 86% dos entrevistados. Isso vale também para quem não irá comprar pela internet: a pesquisa na web é o método escolhido pela maioria (53%), de acordo com estudo feito pelo Google.

A pesquisa, encomendada pela empresa e realizada pela Provokers, ouviu 1.500 consumidores on-line, de 18 a 54 anos, das classes A, B e C, de todas as regiões do país, ao longo de julho de 2018.

Em 2017, o volume de buscas por produtos no Google registrou crescimento de 57% em relação ao volume médio das sextas-feiras de novembro de 2017, antes da Black Friday - categorias como eletrônicos e eletroportáteis chegaram a apresentar variação de mais de 300%.

Cresce a importância da data

A Black Friday já se consolidou como a segunda data mais importante para o varejo no Brasil, atrás apenas do Natal. O evento também abre uma forte temporada de compras, que inclui também a chegada do 13o salário, Saldão e Ano Novo.

No ano passado, a Black Friday alcançou faturamento de 2,1 bilhões de reais somente no meio on-line, com um crescimento de mais de 10% em relação a 2016. Já este ano, a estimativa é que a data movimente 4,11 bilhões de reais, de acordo com a E-Consulting, que faz previsões financeiras para o comércio eletrônico.

O evento está cada vez mais conhecido. Em 2018, 99,5% dos consumidores on-line entrevistados afirmaram que conhecem a Black Friday - em 2014, segundo a pesquisa Hello Research, só 27% conheciam a data.

Mais do que uma data conhecida, tornou-se também uma porta de entrada para as compras na internet. Cerca de 70% dos internautas brasileiros já compraram em uma Black Friday. No ano passado, mais de 281 mil pessoas compraram pela primeira vez pela internet.

Quem realiza uma compra em um ano está mais propenso ao comprar no ano seguinte, segundo a pesquisa do Google. Do total de 1.500 entrevistados (que inclui quem comprou e quem não comprou no ano passado), 9% disseram que não comprariam neste ano.

Mas, analisando somente a intenção de quem comprou em 2017, só 2% afirmam que não vão comprar neste ano, o que mostra que poucas pessoas que compram em uma Black Friday deixam de comprar novamente no ano seguinte.

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