Aquecedor: busca aumenta e movimenta varejo; saiba como escolher
Mercado Livre, OLX e Extra são alguns dos varejos que registram expressivos aumentos nas vendas de aquecedores. Especialista comenta como escolher opção adequada
Marina Filippe
Publicado em 28 de julho de 2021 às 06h00.
Última atualização em 28 de julho de 2021 às 10h06.
O brasileiro não quer saber de passar frio, como mostra o aumento na busca e compra de aquecedores. Com o anúncio de queda na temperatura em diferentes regiões do país, a busca pelo termo “ aquecedor ” está em pico no Google Trends. Numa régua de 0 a 100, sendo 100 o maior volume de procura, a palavra saltou de 19 em 6 de junho para 100 em 27 de junho. O valor também é maior do que no mesmo período do ano passado, quando o registro do índice era de 49.
A procura tem se revertido em compra. Um exemplo é do Mercado Livre, que entre os dias 28 de junho e 04 de julho registrou um recorde nas vendas de aquecedores, com um aumento de 266% quando comparado com a semana anterior e 367% quando comparado a semana de 2020.
Já no marketplace OLX, o aumento é de 42% entre os meses de maio e junho. Regionalmente, o Centro-Oeste foi o que registrou a maior variação de crescimento nas buscas durante o período apurado: 114%. As regiões Norte e Sul vêm na sequência, com 63% e 59% de aumento nas buscas, respectivamente. A região Sudeste segue com 23%, e o Nordeste foi a única região do país que apresentou queda na procura por aquecedores, com 12%.
Com relação às vendas, a região Norte foi a que mais evoluiu, com alta de 67% em comparação com os meses de maio e junho. O ranking segue com as regiões Sul (47%), Centro-Oeste (39%) e Sudeste (19%). O Nordeste, por sua vez, assim como ocorreu nas buscas, registrou retração, que, neste caso, foi de 6%.
No Extra Hiper o aumento é de 100% nas vendas destes itens no mês de junho de 2021 em relação ao mesmo mês do ano anterior. Já na comparação da última semana de junho com a anterior, o aumento chega a 300%.
O estado do Rio de Janeiro foi o que mais teve representatividade na venda desses itens nas lojas da rede no período, com 428% de crescimento, seguido por Minas Gerais e São Paulo. Destaque também para a região Centro-Oeste, que registrou um aumento de 2.000% na comparação com o ano passado.
De modo geral, a empresa provedora de pesquisa de mercado Euromonitor estima um crescimento em volume de vendas de 3,7% em 2021 em comparação com 2020. Já a consultoria GFK afirma que mercado de aquecimento foi estável nos últimos quatro anos, mas nos últimos 12 meses aumentou consideravelmente. No primeiro semestre de 2021 houve crescimento 73% em unidades e 92% em valor.
Como escolher
Luiz Fernando Caiafa, da TÜV Rheinland, empresa que garante a segurança elétrica de produtos afirma que existem, basicamente, três tipos de aquecedores no mercado brasileiro. “A escolha do aparelho correto, e com o selo de certificação do INMETRO ajuda o consumidor a evitar surpresas desagradáveis”, diz. Entenda os tipos existentes:
Aquecedor com irradiador: Possui resistência incandescente protegida por uma grade metálica. Esse modelo geralmente é o mais em conta no mercado, e o que mais pode causar dor de cabeça para o consumidor.
O modelo que utiliza resistência incandescente também pode ser encontrado com uma caixa exterior em formato de gabinete, onde a resistência fica um pouco mais escondida. Em contrapartida, o aquecedor com gabinete possui ventilador, que ajuda a dissipar o calor pelo ambiente.
Aquecedor a óleo: Apesar do nome, esse tipo de equipamento é elétrico. Esse modelo possui resistência a óleo dentro do radiador, parecido com um aquecedor central. O aquecimento ocorre por meio da troca de calor entre o aparelho e o ambiente.
Splint: É semelhante ao ar-condicionado, porém só funciona para aquecer o ambiente. Por ficar fixo, é o único que não pode ser transportado.
“ É preciso avaliar com cautela os equipamentos importados, ou comprados em sites do exterior, com um preço, em geral, muito mais atrativo do que o produto nacional. Sem os devidos testes, o consumidor pode acabar tendo, até mesmo, um acidente doméstico em casa", diz Caiafa.
Outro ponto que precisa ser observado na compra é a potência do aparelho, a principal causa de "derretimento" dos fios. Em geral, esses aparelhos têm potência de 1500 W, e voltagem de 127 ou 220 V.
Segundo o executivo, devido à potência alta, o ideal é que esse tipo de aparelho tenha uma tomada de 20 amperes - que possibilita ao consumidor que aparelhos potência superior a 1000W sejam conectados de forma segura à rede elétrica.
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