- Últimas notícias
- Revista EXAME
- YPO - Líderes Extraordinários
- Exame IN
- Brasil
- Clima
- PME & Negócios
- Exame CEO
- ExameLab
- Bússola
- Casual
- Inteligência Artificial
- Ciência
- Economia
- Colunistas
- Esfera Brasil
- Exame Agro
- Inovação
- Marketing
- Melhores e Maiores
- Mundo
- Mercado Imobiliário
- Net Zero
- POP
- Esporte
- Seguros
- Tecnologia
- Vídeos
- Expediente
Compra de ativos do Makro pelo Carrefour avança
Ao comprar ativos do Makro, o Carrefour vai reforçar a operação de seu "atacarejo"
Modo escuro
Carrefour: conversas, que já duram cerca de seis meses, voltaram a esquentar nas últimas semanas (Balint Porneczi/Bloomberg)
Publicado em 7 de fevereiro de 2020 às, 13h40.
São Paulo — A gigante francesa Carrefour está na fase final das negociações para a aquisição de ativos da rival Makro no País, apurou o jornal O Estado de São Paulo com duas fontes próximas às negociações.
As conversas, que já duram cerca de seis meses, voltaram a esquentar nas últimas semanas. Há a expectativa de que o fechamento possa ocorrer já na semana que vem. O Carrefour deverá selecionar lojas, e não comprar toda a operação, diz uma fonte.
Ao colocar ativos do Makro para dentro de casa, o Carrefour vai reforçar a operação de seu atacarejo, o Atacadão - fruto de uma aquisição feita em 2007. Essa bandeira vem respondendo pela maior parte dos resultados do grupo francês no Brasil.
O Makro, que pertence ao grupo holandês SHV, tem hoje 74 lojas no país, onde fatura R$ 7 bilhões por ano.
A operação brasileira ainda está nas mãos do grupo holandês, que foi fundado em 1964 e começou a operar por aqui no início dos anos 1970.
O negócio brasileiro ficou nas mãos do SHV, apesar de a companhia ter vendido as lojas na Europa - onde estava concentrada a maior parte de sua operação - para o grupo alemão Metro há mais de 20 anos. A intenção dos holandeses de se desfazer da operação nacional seria, portanto, bastante antiga.
Para levar esse objetivo a cabo, desde 2018 o Makro vem "enfeitando" sua operação para garantir um valor mais atraente. A decisão foi tomada tanto pelo fato de a SHV já ter saído do negócio há tempos lá fora quanto pelo fato de a rede não ter fôlego suficiente para disputar o varejo de igual para igual com as gigantes de mercado.
Para atrair interessados, a rede fez um esforço de reforma de algumas lojas, além de abrir suas unidades, antes voltadas apenas a sócios, para o público em geral. Além disso, também fechou unidades deficitárias nos últimos tempos.
Depois de muito tempo fora da mídia, o Makro fez uma grande campanha no programa Caldeirão do Huck, da Rede Globo.
A companhia, que não aceitava cartões de crédito, fez parcerias com todas as bandeiras e passou a "convidar" o público pessoa física a comparecer a suas lojas. Ou seja: ficou cada vez mais parecida com rivais como o Atacadão e o Assaí, do Grupo Pão de Açúcar.
Segundo Pedro Fagundes, analista de varejo da XP Investimentos, o Makro é deficitário. Sob essa ótica, os múltiplos de uma transação não são atrativos. A estratégia adotada pelo Carrefour é que pode fazer a diferença. "Se o Carrefour converter as lojas em Atacadão, por exemplo, pode ser algo positivo", disse.
Líder
Nos resultados divulgados mais recentemente pelo Carrefour, as vendas líquidas do Brasil cresceram 8,1% no terceiro trimestre de 2019, na comparação com o mesmo período do ano anterior, alcançando R$ 13,8 bilhões. O lucro cresceu 21% entre outubro e dezembro, para R$ 430 milhões, mas o resultado ficou abaixo das expectativas de analistas.
Segundo a mais recente edição do ranking da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), publicada em março do ano passado, o Carrefour é líder de mercado no País, tendo faturado R$ 56,3 bilhões em 2018, seguido de perto pelo Grupo Pão de Açúcar, com R$ 53,6 bilhões. Em seguida vem o Grupo Big, que assumiu a operação do Walmart no País.
Procurados, o Makro não respondeu, enquanto o Carrefour não comentou. /Colaborou Matheus Piovesana.
Últimas Notícias
Branded contents
Conteúdos de marca produzidos pelo time de EXAME Solutions
“A geração de energia caminha lado a lado com o desenvolvimento econômico”, diz Paulo Câmara
Desktop investe no interior e alcança 1 milhão de clientes de internet banda larga em São Paulo
CPFL fortalece sua estratégia ESG com compromissos ambiciosos para 2030
Uso de dados será principal desafio na gestão de pessoas em 2024
Acompanhe as últimas notícias e atualizações, aqui na Exame.