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Companhias aéreas ricas aumentam compras de aviões usados

Empresas americanas cheias de dinheiro após lucros do ano passado querem substituir alguns de seus modelos mais antigos sem esbanjar

Avião da Southwest Airlines: Southwest e suas concorrentes americanas estão vasculhando os países em desenvolvimento atrás de aviões de segunda mão (Altair78/Wikimedia Commons)
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Da Redação

Publicado em 11 de maio de 2016 às 16h41.

Dois aviões Boeing 737 desceram no campo de pouso de uma fábrica perto de Seattle, em março. São os últimos modelos operados por uma empresa aérea russa que foi à falência.

Eles passariam por reformas para apagar os logos em cirílico e qualquer outro vestígio da Transaero Airlines. Próxima parada: o aeroporto de Dallas Love Field, onde a empresa local Southwest Airlines está em uma onda de compras recorde.

As importações são essenciais para o que Jon Stephens, diretor de transações de frota da Southwest, descreve como um “belo plano” para substituir alguns de seus modelos mais antigos sem esbanjar. A empresa aérea está no meio de um processo de aquisição de 83 jatos Boeing 737-700 usados de todo o mundo, maior reformulação do tipo em mais de quatro décadas de história.

A Southwest e suas concorrentes americanas -- agora cheias de dinheiro após obterem lucros recorde no ano passado -- estão vasculhando os países em desenvolvimento atrás de aviões de segunda mão em um momento em que o combustível barato torna mais econômica a operação de aeronaves mais antigas e menos eficientes. Isto contraria o tradicional fluxo de aviões de segunda mão das empresas aéreas norte-americanas para seus pares dos países emergentes e torna um mercado já volátil para a Boeing e a Airbus mais imprevisível.

“Se você tem muitos aparelhos com asas, é provável que esteja tentando vendê-los nos EUA agora mesmo”, disse George Ferguson, analista sênior de transporte aéreo da Bloomberg Intelligence.

O que impulsiona a mudança é o colapso dos preços do petróleo. Enquanto a queda das commodities prejudicou economias como a Rússia e o Brasil, os custos mais baixos do combustível ajudaram as empresas aéreas dos EUA a arrecadarem quase US$ 19 bilhões no ano passado.

China, Brasil

A United Continental Holdings está importando mais de duas dúzias de jatos Airbus A319 usados da China.

A Delta Air Lines, pioneira dessa estratégia, estuda a utilização de aeronaves 737 usadas em um momento em que sua parceira de aliança brasileira, a Gol Linhas Aéreas Inteligentes, reduz e reestrutura suas operações.

Os aviões mais antigos perderam seu estigma nos EUA nos últimos 15 anos, depois que quatro das maiores empresas aéreas entraram com pedidos de recuperação judicial.

Para reduzir custos, elas adiaram encomendas e mantiveram no ar aviões que anteriormente teriam trocado por modelos mais novos.

As empresas expandiram a prática mesmo quando sua sorte melhorou nesta década, tirando vantagem das sofisticadas operações de manutenção para estender o serviço.

As importações de jatos usados para a América do Norte deram um salto de 29 por cento no ano passado, para 198 unidades, lideradas pela Southwest, seguida pela Allegiant Travel e pela Delta, segundo dados da consultoria Ascend.

São Paulo - Viajar requer planejamento. A escolha do destino, um bom local para estadia e, quando necessário, uma boa companhia aérea que garanta o deslocamento sem nenhum transtorno são algumas das escolhas a serem tomadas. A AirHelp, consultoria global de apoio jurídico a passageiros que tiveram problemas ao viajar , lançou recentemente um ranking com as melhores e piores companhias aéreas do mundo.  A avaliação das aéreas foi feita com base em três premissas: desempenho de qualidade, tempo de atraso e atendimento das reivindicações dos passageiros depois de algum problema enfrentado no voo. A partir das análises desses dados, a AirHelp determinou uma nota de 0 a 10 para as companhias. Veja nas imagens as 10 companhias aéreas com as menores pontuações, segundo levantamento da consultoria.
  • 2. Norwegian Air Shuttle

    2 /12(Divulgação/Boeing)

  • Veja também

    País: Noruega
    Desempenho de qualidade: 6
    Tempo de Atraso: 8,7
    Atendimento das reivindicações: 6,5
    Média: 7,1
  • 3. Icelandair

    3 /12(Reprodução da web)

  • País: Islândia
    Desempenho de qualidade: 6
    Tempo de Atraso: 6
    Atendimento das reivindicações: 9,1
    Média: 7
  • 4. Alitalia

    4 /12(Alessia Pierdomenico/Bloomberg)

    País: Itália
    Desempenho de qualidade: 6
    Tempo de Atraso: 8
    Atendimento das reivindicações: 6,9
    Média: 7
  • 5. Iberia

    5 /12(Arquivo/AFP)

    País: Espanha
    Desempenho de qualidade: 6
    Tempo de Atraso: 8,9
    Atendimento das reivindicações: 6
    Média: 7
  • 6. Aer Lingus

    6 /12(Peter Muhly/AFP)

    País: Irlanda
    Desempenho de qualidade: 6
    Tempo de Atraso: 8
    Atendimento das reivindicações: 6,6
    Média: 6,8
  • 7. TAP

    7 /12(Bloomberg via Getty Images)

    País: Portugal
    Desempenho de qualidade: Portugal 6
    Tempo de Atraso: 8,1
    Atendimento das reivindicações: 6,2
    Média: 6,8
  • 8. Swiss Air Lines

    8 /12(Fabrice Coffrini/AFP)

    País: Suíça
    Desempenho de qualidade: 8
    Tempo de Atraso: 7,9
    Atendimento das reivindicações: 3,3
    Média: 6,4
  • 9. Virgin Atlantic Airways

    9 /12(Divulgação)

    País: Reino Unido
    Desempenho de qualidade: 8
    Tempo de Atraso: 7,6
    Atendimento das reivindicações: 3,1
    Média: 6,2
  • 10. EasyJet

    10 /12(Fabrice Coffrini/AFP)

    País: Reino Unido
    Desempenho de qualidade: 6
    Tempo de Atraso: 8
    Atendimento das reivindicações: 3,4
    Média: 5,8
  • 11. Sata Internacional

    11 /12(Divulgação)

    País: Portugal
    Desempenho de qualidade: 6
    Tempo de Atraso: 6,7
    Atendimento das reivindicações: 2,9
    Média: 5,2
  • 12. Falando em aviões...

    12 /12(Divulgação/Embraer)

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