Como o Banco do Brasil bateu o maior lucro da história
Além do crescimento nas carteiras de crédito, os negócios da BB Seguridade e dos cartões Elo impulsionaram resultado de R$ 15,8 bilhões
Da Redação
Publicado em 13 de fevereiro de 2014 às 15h04.
São Paulo – O Banco do Brasil conseguiu atingir o maior lucro da história das instituições financeiras do país, tirando o t ítulo que pertenceu ao Itaú por 10 dias.
Foram 15,8 bilhões de reais, um aumento de 29,1% em relação ao ano de 2012.
Este aumento se deve, em parte, ao aumento da carteira de crédito, que cresceu 19,3%. Ao mesmo tempo, a inadimplência chegou a 1,98%, de longe o menor valor do mercado, resultado 3,5% melhor que o ano anterior.
“Para 2014, iremos focar nas carteiras para o agronegócio e para pessoa jurídica, principalmente nas áreas de infraestrutura, onde somos líderes e fomos muito bem no ano anterior”, afirmou Aldemir Bendine, presidente do Banco do Brasil, em encontro com a imprensa.
“Na pessoa física, continuaremos focando nas linhas de menor risco, que apresentaram crescimento de 16,3%”, disse. Esse resultado foi impulsionado por carteiras como a imobiliária, que cresceu 87,2% em um ano.
O retorno sobre o patrimônio líquido atualizado (RSPL), porém, ficou em 14,2%, valor bem abaixo do apresentado pelos concorrentes.
“Cerca de 62% dos negócios do banco vêm do crédito , e boa parte dele está voltado para carteiras de baixo risco, que rendem menos, mas que também têm menos riscos”, explicou Ivan Monteiro, vice-presidente de Gestão Financeira e Relações com Investidores do Banco do Brasil. “Nosso planejamento é de longo prazo, ainda que não nos dê tanto retorno imediato”, explicou.
BB Seguridade
A maior parte da alta dos lucros, porém, ocorreu por conta dos 5,4 bilhões de reais que vieram da oferta pública de ações da BB Seguridade, que se tornou uma empresa independente no segundo trimestre de 2013.
Desde então, a nova companhia ganhou 3% de participação de mercado, chegando a 24%, e apresentou lucros de 2,5 bilhões de reais.
Em 2014, a empresa pretende tornar operacional também seu braço de seguros odontológicos, que aguarda aprovação dos órgãos regulatórios, o que deve ajudar no desempenho para o ano.
Mas, apesar do bom resultado dos lucros líquidos do banco, a soma vinda da abertura do IPO da empresa de seguros causou inquietação em alguns analistas, que acreditam que esse desempenho não será repetido, já que não haverá novos lançamentos em 2014.
Efetivamente, o lucro líquido ajustado, que não leva em conta itens extraordinários e, portanto, não considerou o IPO, caiu 10,2% em relação a 2012, chegando a 10,35 bilhões de reais.
Cartões
Monteiro, porém, acredita que outros negócios paralelos ao banco, como o de cartões, ajudarão o Banco do Brasil a ter bons resultados. Em 2013, o lucro nesta área chegou a 1,6 bilhão de reais.
Em um ano, o número de cartões da Elo, a bandeira do Banco do Brasil, mais que dobrou, passando de 2,99 milhões de unidades em 2012 para 6,71 milhões em 2013.
Futuro
O Banco do Brasil apresentou planos mais conservadores para 2014, com crescimentos em carteira de crédito e margem financeira bruta inferiores aos apresentados em 2013.
“Essas perspectivas foram traçadas há 50 dias, quando o ambiente financeiro era um pouco diferente do que o que se apresenta hoje. Preferimos ser mais conservadores e surpreendermos depois, como temos feito nos últimos anos”, afirmou Bendine.
Resta saber se, sem um novo negócio como o IPO da BB Seguridade, a surpresa será positiva.
São Paulo – O Banco do Brasil conseguiu atingir o maior lucro da história das instituições financeiras do país, tirando o t ítulo que pertenceu ao Itaú por 10 dias.
Foram 15,8 bilhões de reais, um aumento de 29,1% em relação ao ano de 2012.
Este aumento se deve, em parte, ao aumento da carteira de crédito, que cresceu 19,3%. Ao mesmo tempo, a inadimplência chegou a 1,98%, de longe o menor valor do mercado, resultado 3,5% melhor que o ano anterior.
“Para 2014, iremos focar nas carteiras para o agronegócio e para pessoa jurídica, principalmente nas áreas de infraestrutura, onde somos líderes e fomos muito bem no ano anterior”, afirmou Aldemir Bendine, presidente do Banco do Brasil, em encontro com a imprensa.
“Na pessoa física, continuaremos focando nas linhas de menor risco, que apresentaram crescimento de 16,3%”, disse. Esse resultado foi impulsionado por carteiras como a imobiliária, que cresceu 87,2% em um ano.
O retorno sobre o patrimônio líquido atualizado (RSPL), porém, ficou em 14,2%, valor bem abaixo do apresentado pelos concorrentes.
“Cerca de 62% dos negócios do banco vêm do crédito , e boa parte dele está voltado para carteiras de baixo risco, que rendem menos, mas que também têm menos riscos”, explicou Ivan Monteiro, vice-presidente de Gestão Financeira e Relações com Investidores do Banco do Brasil. “Nosso planejamento é de longo prazo, ainda que não nos dê tanto retorno imediato”, explicou.
BB Seguridade
A maior parte da alta dos lucros, porém, ocorreu por conta dos 5,4 bilhões de reais que vieram da oferta pública de ações da BB Seguridade, que se tornou uma empresa independente no segundo trimestre de 2013.
Desde então, a nova companhia ganhou 3% de participação de mercado, chegando a 24%, e apresentou lucros de 2,5 bilhões de reais.
Em 2014, a empresa pretende tornar operacional também seu braço de seguros odontológicos, que aguarda aprovação dos órgãos regulatórios, o que deve ajudar no desempenho para o ano.
Mas, apesar do bom resultado dos lucros líquidos do banco, a soma vinda da abertura do IPO da empresa de seguros causou inquietação em alguns analistas, que acreditam que esse desempenho não será repetido, já que não haverá novos lançamentos em 2014.
Efetivamente, o lucro líquido ajustado, que não leva em conta itens extraordinários e, portanto, não considerou o IPO, caiu 10,2% em relação a 2012, chegando a 10,35 bilhões de reais.
Cartões
Monteiro, porém, acredita que outros negócios paralelos ao banco, como o de cartões, ajudarão o Banco do Brasil a ter bons resultados. Em 2013, o lucro nesta área chegou a 1,6 bilhão de reais.
Em um ano, o número de cartões da Elo, a bandeira do Banco do Brasil, mais que dobrou, passando de 2,99 milhões de unidades em 2012 para 6,71 milhões em 2013.
Futuro
O Banco do Brasil apresentou planos mais conservadores para 2014, com crescimentos em carteira de crédito e margem financeira bruta inferiores aos apresentados em 2013.
“Essas perspectivas foram traçadas há 50 dias, quando o ambiente financeiro era um pouco diferente do que o que se apresenta hoje. Preferimos ser mais conservadores e surpreendermos depois, como temos feito nos últimos anos”, afirmou Bendine.
Resta saber se, sem um novo negócio como o IPO da BB Seguridade, a surpresa será positiva.