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Como a Coca-Cola quer deixar seu time em clima de Olimpíadas

Patrocinadora das Olimpíadas Rio 2016, a Coca-Cola tem uma equipe dedica exclusivamente ao evento e quer engajar todos os funcionários no tema

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	Ambiente especial: a Coca-Cola decorou todo o andar onde fica o time dedicado às Olimpíadas com motivos esportivos
 (Alexandre Loureiro/Coca-Cola Brasil)

Ambiente especial: a Coca-Cola decorou todo o andar onde fica o time dedicado às Olimpíadas com motivos esportivos (Alexandre Loureiro/Coca-Cola Brasil)

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Luísa Melo

Publicado em 15 de fevereiro de 2016 às, 18h17.

São Paulo - A Coca-Cola, uma das patrocinadoras mundiais das Olimpíadas, montou um time especial para cuidar dos assuntos relacionados aos jogos deste ano, no Rio. Ela até mesmo desenhou um andar temático para acolher esse pessoal em sua sede no país, que fica na cidade.

O maior desafio, porém, é levar o clima da competição aos trabalhadores de toda a cadeia de produção – e, para isso, a empresa elaborou uma série de ações de engajamento.

A equipe dedicada exclusivamente ao projeto Rio 2016 começou a ser montada em 2013 e hoje tem 76 pessoas. São profissionais de áreas como marketing, operações, finanças, planejamento, comunicação, RH, eventos e segurança.

"É praticamente uma mini-empresa, com todas as suas funções, mas dedicada às Olimpíadas", conta Marina Peixoto, Gerente de RH e System Motivation da Coca-Cola Brasil.

Parte do grupo (cerca de 20 integrantes) é formada por funcionários da própria Coca-Cola, que voltarão às suas funções originais quando o projeto terminar. Os demais são externos têm contratos temporários, com duração de seis meses até três anos.

Destes últimos, cerca de 30 vieram da equipe que fez os eventos da empresa na Copa do Mundo de 2014 e alguns são estrangeiros que trabalharam na última Olimpíada, realizada em Londres.

Eles vão cuidar das campanhas publicitárias relacionadas aos jogos, comandar o abastecimento dos estádios com os produtos da marca durante as disputas e até mesmo organizar parte do revezamento da tocha Olímpica.

"Regras de ouro"

Para envolver esse time, a empresa decorou o andar onde ele fica, na sua sede, no Rio de Janeiro, com temas esportivos. Há no escritório, por exemplo, uma pequena pista de corrida, cestas de basquete e mesas de pebolim.

Cada um dos elementos, segundo a Coca, remete a "regras de comportamento de ouro" que os profissionais devem seguir, como trabalhar em equipe, ter espírito e ousadia de atleta, dar feedback, ir direto ao ponto e se divertir.

"As pessoas estão ali por tempo limitado, mas têm que se sentir donas do projeto", diz Marina.

Até a realização dos jogos Olímpicos e Paralímpicos, em agosto, o time ainda vai se multiplicar. Outras 1.000 pessoas devem ser recrutadas para fazer a distribuição dos produtos nos estádios. "É uma força tarefa enorme", afirma a gerente.

Sistema envolvido

A Coca-Cola, porém, quer levar o espírito olímpico não só a quem atua diretamente no projeto dos jogos, mas a todos os trabalhadores da sua cadeia de produção.

Além dos 1.000 colaboradores da sede, a empresa tem outros 100 funcionários em escritórios pelo Brasil. O chamado "Sistema Coca-Cola”, que inclui as 10 fabricantes franqueadas, a Leão, e a produtora de xaropes Recofarma, abrange aproximadamente 66.000 pessoas.

"Temos um grupo de pelo menos 13 entidades para engajar. Como vamos envolver os fabricantes de Manaus, por exemplo, no evento que acontece no Rio?", diz Marina.

Encontrar respostas para essas perguntas é a função do programa System Motivation, que a gerente comanda. Dentro dele, diversas ações já foram realizadas.

Uma delas foi um bate-papo itinerante com o ex-capitão da Seleção Brasileira de Vôlei e campeão olímpico Nalbert Bittencourt.

Durante todo o mês de agosto do ano passado, o atleta percorreu fábricas de produtos Coca-Cola para contar aos funcionários a sua história, revelar bastidores dos jogos e reforçar a relação da empresa com o Comitê Olímpico.

A maratona de conversas, de acordo com a gerente, foi muito bem recebida.

"Os valores da Coca-Cola são muito parecidos com os valores olímpicos. Queremos que os funcionários entendam isso", afirma Marina.

Revezamento da tocha

Outra medida tomada pelo System Motivation foi uma campanha interna para selecionar carregadores para o revezamento da Tocha Olímpica.

Como patrocinadora do evento, a Coca-Cola tinha o direito de indicar 2.400 das 12.000 pessoas que vão levar tocha pelo país.

A empresa reservou, então, cerca de 170 vagas para funcionários do "sistema Coca-Cola". Para ganhar uma delas, o participante precisava justificar por que merecia o prêmio, contando uma história que envolvesse o espírito esportivo.

Quase 600 colaboradores se inscreveram. Os vencedores já foram selecionados e agora passarão por aprovação do Comitê Olímpico. A mesma campanha foi feita junto aos consumidores.

A Coca-Cola também vai abrir ainda espécie de concurso para que os funcionários do sistema trabalhem no apoio ao revezamento, na entrega de brindes e bebidas, por exemplo. Para essas tarefas, serão abertas de 200 a 400 vagas.

Quando a companhia comunicou aos fabricantes e vendedores que iria patrocinar o revezamento, ela também organizou um evento em que os trabalhadores puderam tirar fotos com uma réplica da tocha, que ainda não era conhecida publicamente.

Além disso, a Coca-Cola comprou uma série de ingressos para os jogos para presentear seus 1.100 funcionários diretos e os prestadores de serviço que trabalham na sede.

Cada um deles ganhará quatro bilhetes para as Olimpíadas 2016 e quatro para as Paralimpíadas, para poder levar a família junto.

"Os fabricantes também compraram uma cota de ingressos para distribuir, mas nós vamos fazer uma ação para dar convites aos funcionários do sistema, ainda não sabemos se será por sorteio ou concurso", conta Marina.

Até agosto, quando começam os jogos, outras ações ainda devem ser desenvolvidas.

"Vamos trazer a experiência das Olimpíadas para os funcionários de várias formas. Queremos que todo mundo se sinta parte desse evento e tenha orgulho de trabalhar aqui", diz.

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