Como 1% da fortuna da dona da L’Oreal vai lhe custar todo o resto
Liliane Bettencourt compra briga com sua filha, os acionistas da L’Oreal e deve perder o controle sobre seu patrimônio
Da Redação
Publicado em 15 de junho de 2011 às 20h21.
São Paulo – Brigas de família costumam começar por nada. Mas, no caso de Liliane Bettencourt, a mulher mais rica da França e herdeira da L’Oreal, esse “nada” equivale a 170 milhões de euros – ou um pouquinho mais de 1% de sua fortuna, avaliada em 15 bilhões de euros (cerca de 20 bilhões de dólares).
Para alguém de seu porte, desfazer-se dessa quantia não significa nenhuma tragédia. Para se ter uma ideia, somente nesta quarta-feira (15/6), as ações da L’Oreal fecharam em leve queda de 0,8% na Bolsa de Paris – e as perdas para Liliane somaram algo próximo disso: 130 milhões de euros. Nada que um bom dia na bolsa não recupere.
Mas essa"ninharia" pode custar caro à bilionária – mais precisamente, o poder de controlar sua fortuna. Depois de selarem um armistício no início do ano, Liliane e sua filha única, Françoise Bettencourt-Meyers, voltaram à guerra há poucos dias.
Novo galã
O motivo foi a injeção de 170 milhões de euros realizada por Liliane em uma empresa de mídia, a LGI. Controlada por Stephane Courbit, a companhia produz e distribui conteúdo por meio de outra subsidiária, a Banijay Entertainment.
Guardadas as devidas proporções, é como se um cidadão comum emprestasse uns trocados para o amigo comprar balas. Mas, no caso da batalha familiar, Fraçoise enxerga nesse caso mais um exemplo de que sua mãe não pode mais administrar o patrimônio. Ela alega que Liliane foi enganada por seu advogado, Pascal Wilhelm, que também advoga para Courbit.
O curioso é que Wilhelm entrou nessa história em janeiro, como parte do acordo entre mãe e filha para selar a paz, após anos de conflito em torno da gestão de sua fortuna. Wilhelm foi nomeado representante de Liliane.
Todos contra
Agora, acionistas minoritários da L’Oreal exigem a renúncia de Liliane. Eles se baseiam num relatório de um comitê médico que declarou, nesta semana, que a bilionária sofre de problemas mentais, e que sua capacidade de discernimento estaria comprometida.
O mandato de Liliane no conselho de administração da companhia foi renovado no final de abril, por mais quatro anos. Apesar de toda a polêmica, ela contou com a adesão de 97% dos acionistas.
Esta não é a primeira vez que Liliane recheia seu dia-a-dia com uma história envolvendo um homem galanteador e dinheiro. As rusgas com a filha começaram em 2007, quando a bilionária transferiu cerca de 1 bilhão de euros para o fotógrafo de celebridades François Marie Barnier, em obras de arte, presentes e apólices de seguros, entre outros.
Sua filha veio a público exigir que a quantia fosse embargada, e que sua mãe fosse declarada incapaz de administrar o dinheiro da família. Na época, o episódio soou como uma lavação pública de roupa. A diferença, agora, é que Fraçoise não está sozinha - os acionistas começam a apoiá-la. Para uma família que enriqueceu com produtos de beleza, as Bettencourt parecem não ter a menor pretensão de maquiar os seus problemas.
São Paulo – Brigas de família costumam começar por nada. Mas, no caso de Liliane Bettencourt, a mulher mais rica da França e herdeira da L’Oreal, esse “nada” equivale a 170 milhões de euros – ou um pouquinho mais de 1% de sua fortuna, avaliada em 15 bilhões de euros (cerca de 20 bilhões de dólares).
Para alguém de seu porte, desfazer-se dessa quantia não significa nenhuma tragédia. Para se ter uma ideia, somente nesta quarta-feira (15/6), as ações da L’Oreal fecharam em leve queda de 0,8% na Bolsa de Paris – e as perdas para Liliane somaram algo próximo disso: 130 milhões de euros. Nada que um bom dia na bolsa não recupere.
Mas essa"ninharia" pode custar caro à bilionária – mais precisamente, o poder de controlar sua fortuna. Depois de selarem um armistício no início do ano, Liliane e sua filha única, Françoise Bettencourt-Meyers, voltaram à guerra há poucos dias.
Novo galã
O motivo foi a injeção de 170 milhões de euros realizada por Liliane em uma empresa de mídia, a LGI. Controlada por Stephane Courbit, a companhia produz e distribui conteúdo por meio de outra subsidiária, a Banijay Entertainment.
Guardadas as devidas proporções, é como se um cidadão comum emprestasse uns trocados para o amigo comprar balas. Mas, no caso da batalha familiar, Fraçoise enxerga nesse caso mais um exemplo de que sua mãe não pode mais administrar o patrimônio. Ela alega que Liliane foi enganada por seu advogado, Pascal Wilhelm, que também advoga para Courbit.
O curioso é que Wilhelm entrou nessa história em janeiro, como parte do acordo entre mãe e filha para selar a paz, após anos de conflito em torno da gestão de sua fortuna. Wilhelm foi nomeado representante de Liliane.
Todos contra
Agora, acionistas minoritários da L’Oreal exigem a renúncia de Liliane. Eles se baseiam num relatório de um comitê médico que declarou, nesta semana, que a bilionária sofre de problemas mentais, e que sua capacidade de discernimento estaria comprometida.
O mandato de Liliane no conselho de administração da companhia foi renovado no final de abril, por mais quatro anos. Apesar de toda a polêmica, ela contou com a adesão de 97% dos acionistas.
Esta não é a primeira vez que Liliane recheia seu dia-a-dia com uma história envolvendo um homem galanteador e dinheiro. As rusgas com a filha começaram em 2007, quando a bilionária transferiu cerca de 1 bilhão de euros para o fotógrafo de celebridades François Marie Barnier, em obras de arte, presentes e apólices de seguros, entre outros.
Sua filha veio a público exigir que a quantia fosse embargada, e que sua mãe fosse declarada incapaz de administrar o dinheiro da família. Na época, o episódio soou como uma lavação pública de roupa. A diferença, agora, é que Fraçoise não está sozinha - os acionistas começam a apoiá-la. Para uma família que enriqueceu com produtos de beleza, as Bettencourt parecem não ter a menor pretensão de maquiar os seus problemas.