Com sabores diferentes, Mermeleia quer popularizar geleia no Brasil
Empreendedores desenvolvem receitas de geleias com especiarias e ingredientes diferentes desde 2014
Isabela Rovaroto
Publicado em 4 de julho de 2022 às 09h54.
Última atualização em 4 de julho de 2022 às 09h58.
Geleia de cebola roxa com cabernet, kiwi com cachaça e tomate com merken. Esses são alguns sabores em destaque no site da Mermeleia, empreendimento de geleias criado por Thiago do Carmo e Mauro Concha em 2014.
O casal se conheceu em trabalhos no ramo artístico e resolveu empreender pela primeira vez em 2010. Na época, eles criaram uma casa de sucos naturais, mas o negócio durou apenas um ano.
Com o fim da loja de sucos, eles resolveram oferecer jantares em casa. Concha, que é chileno, fazia receitas típicas de seu país para os clientes aos finais de semana.
“Nós adaptamos a sala da nossa casa para receber pessoas interessadas em um jantar chileno com drinques brasileiros. O que chamava a atenção das pessoas era a geleia que vinha na sobremesa, receita da avó de Concha. As pessoas queriam comprar potes das geleias”, afirma Carmo.
Eles perceberam uma oportunidade de negócio com a venda de geleias. O primeiro investimento no negócio foi R$ 25 para comprar potes de vidro e frutas. O casamento entre Brasil e Chile deu certo. O casal passou a desenvolver várias receitas com especiarias e ingredientes diferentes.
Por dois anos, a Mermeleia teve uma loja própria na Pompeia, em São Paulo. A ideia era se mudar para um espaço maior, mas com a chegada da pandemia, eles mergulharam no online e atualmente estão sem loja física. Atualmente, a produção é feita na casa do casal na zona sul da cidade.
"No início da pandemia, nós divulgamos um vídeo falando que o nosso produto não era de necessidade básica, mas que ele era uma ponte de afeto. Os clientes compraram muito essa ideia. Muitas pessoas deram as geleias como presente no período de isolamento".
A pandemia impulsionou o alcance e a maturidade das redes sociais da marca, que se tornaram o principal canal de comunicação com os clientes. No ano passado, a marca de geleias artesanais faturou R$ 240 mil.
Eles adaptaram um curso presencial, que já passou por vários estados, para o online com o objetivo de manter o contato com o público interessado em geleias. "Quanto mais gente estiver produzindo geleias melhor, são mais pessoas disseminando esses produtos pelo Brasil".
Para Carmo, a maior dificuldade é manter o negócio apesar dos altos e baixos do empreendedorismo. "Resistência é a palavra que define a nossa caminhada nesses oito anos. Nossa missão é encontrar um caminho de permanecer oferecendo experiências. Nós queremos ser referência em geleias".
Outro projeto da marca é o 'Geleias pelo Mundo', no qual o casal viaja em busca de pequenos produtores de geleia. Eles já foram para França, Portugal, Chile e Argentina.
"Nós conhecemos novas frutas e sabores e buscamos trazer no pote novas experiências para os consumidores. Neste ano, queremos potencializar esse projeto e tornar a geleia algo mais presente na mesa dos brasileiros", explica Carmo.
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