Com R$ 20 mi, Case New Holland traz fábrica da Austrália para SP
A Case New Holland, subsidiária do grupo Fiat, confirmou a instalação de uma fábria de colheitadeiras de cana-de-açúcar em Piracicaba (SP). No projeto, a empresa pretende investir até o final de 2004 cerca de 20 milhões de reais e gerar 300 empregos diretos. Cerca de 70% da produção será exportado. A chegada desta fábrica ao […]
Da Redação
Publicado em 3 de julho de 2012 às 15h46.
A Case New Holland, subsidiária do grupo Fiat, confirmou a instalação de uma fábria de colheitadeiras de cana-de-açúcar em Piracicaba (SP). No projeto, a empresa pretende investir até o final de 2004 cerca de 20 milhões de reais e gerar 300 empregos diretos. Cerca de 70% da produção será exportado.
A chegada desta fábrica ao Brasil aconteceu porque a empresa decidiu fechar a unidade na Austrália. Em audiência com o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, o presidente de operações da empresa na América Latina, Valentino Rizzioli, comunicou ao ministro a decisão oficial de transferir a fábrica de Bundaberg, na Austrália, para Piracicaba.
"Enxergamos um grande futuro para a cana no Brasil. Hoje, apenas 20% da colheita brasileira é mecanizada. Vamos trazer conhecimento e novas cabeças para gerar tecnologia aplicada aqui no país", disse Rizzioli. "O ministro Rodrigues nos deu a confiança para convencer nossa matriz a autorizar a mudança."
A unidade do interior paulista, que produz hoje 110 máquinas, triplicará sua linha de montagem. Até 2006, devem ser fabricadas 500 máquinas/ano. O índice de nacionalização dos componentes das máquinas, que custam R$ 600 mil cada, deve subir de 75% para 90%.
Segundo informações do Ministério da Agricultura, o processo de transferência da fábrica australiana transformará o Brasil na única plataforma mundial de exportação dessas colheitadeiras da empresa. De Piracicaba, são embarcadas hoje apenas 10 máquinas por ano ao exterior. No início de 2004, quando o processo deve estar concluído, a fábrica venderá 230 colheitadeiras/ano para Estados Unidos (50% do total), México, Tailândia, Índia, Austrália, Colômbia e Irã, segundo Rizzioli. As exportações devem saltar de US$ 8,5 milhões para US$ 45 milhões/ano.
Em Piracicaba, a empresa investirá também num centro mundial de pesquisa tecnológica e desenvolvimento de produtos para a cana. A tecnologia da cana nasceu em Piracicaba e, por isso, vamos investir lá .