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Com capacidade ociosa, BRF quer reestruturar parque fabril

Depois de reformular portfólio de marcas, companhia quer agora aproveitar melhor capacidade de suas unidades de produção


	Galeazzi, Abilio e Faria: BRF inicia nova fase com reestruturações
 (Montagem de Leandro Fonseca/EXAME)

Galeazzi, Abilio e Faria: BRF inicia nova fase com reestruturações (Montagem de Leandro Fonseca/EXAME)

Daniela Barbosa

Daniela Barbosa

Publicado em 31 de outubro de 2014 às 12h00.

São Paulo – Desde que assumiu a presidência do conselho da BRF, Abilio Diniz tem promovido importantes mudanças na gestão da maior companhia de alimentos do país. O resultado pode ser comprovado nos números do terceiro trimestre, com o lucro de 624 milhões de reais –montante 117,5% maior na comparação com o mesmo período do ano anterior.

Nesse período, a BRF vendeu marcas e operações que não faziam sentido, reduziu custos e reestruturou seus negócios no mercado internacional.  Agora a companhia parte para um novo desafio: acabar com a capacidade ociosa de suas fábricas.

“A nossa capacidade ociosa é de cerca de 30%, não pretendemos aumentar a capacidade e sim aproveitar melhor a produtividade de nossas unidades fabris”, afirmou Cláudio Galeazzi, presidente da BRF, durante apresentação de resultados da companhia, nesta sexta-feira.

Para Pedro Faria, CEO das operações internacionais da BRF e que vai assumir a função de presidente global do grupo a partir de janeiro de 2015, a BRF começará também a repensar suas operações a partir de uma base global produtiva.  

“Não vamos reduzir o nosso parque fabril. Vamos começar a repensar o nosso negócio a partir das fábricas que são mais competitivas para o mercado interno e para exportação”, disse o executivo.

Resultados

A receita líquida total da BRF no Brasil somou 8 bilhões de reais, 5,3% maior quando comparada com os números do terceiro trimestre de 2013. Já o faturamento obtido no mercado internacional atingiu 3,4 bilhões de reais, alta de 3,8% em relação ao ano anterior.

A BRF teve um lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (ebitda) de 1,2 bilhão de reais, alta de 61,3% ante o mesmo trimestre de 2013.

Despedida

Galeazzi participou pela última vez de uma apresentação de resultados da BRF como CEO da companhia. O executivo deixará a função no fim deste ano, quando Faria assume a posição a partir de janeiro de 2015.

“Escolhemos o Cláudio para comandar esse processo de transição da companhia. E a partir de agora, quanto mais eu conheço o Pedro tenho convicção de que ele é a pessoa certa para tocar essa nova fase da BRF”, disse Abilio

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