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Com 365 mil clientes, Empiricus negocia mudança societária

Sócios brasileiros da empresa de conteúdo Empiricus pretendem recomprar os 50% de participação da americana Agora Inc

Fundadores da Empiricus: Caio Mesquista, Rodolfo Amstalden e Felipe Miranda (da esq. para a dir.) (Germano Luders/Exame)
LA

Lucas Amorim

Publicado em 5 de novembro de 2019 às 09h05.

Última atualização em 5 de novembro de 2019 às 11h17.

Às vésperas da abertura de capital da XP Investimentos, outra companhia com crescimento exponencial no mercado financeiro brasileiro prepara novos passos. Nesta terça-feira, o jornal O Globo revelou que os sócios brasileiros da empresa de conteúdo Empiricus pretendem recomprar os 50% de participação que a americana Agora Inc detém na empresa desde 2013.

EXAME confirmou com executivos próximos às companhias o interesse na recompra. Por enquanto, segundo EXAME apurou, as conversas não avançaram para um valuation da Empiricus. Procurada, a companhia brasileira não comentou.

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Criada em 2009, a Empiricus acumula um crescimento impressionante nos últimos cinco anos, quando o número de clientes que pagam para ler seus relatórios e análises cresceu dez vezes, para 365 mil. Há um ano, a companhia fechou uma parceria comercial com a gestora Vitreo, criada por sócios como Alexandre Aoude e Paulo Lemann, filho de Jorge Paulo Lemann.

Em 12 meses, segundo EXAME apurou, a parceria ajudou a Vitreo a conquistar 40 mil clientes, com crescimento de 10% ao mês. Um aprofundamento desta parceria também está nos planos da Empiricus, segundo EXAME apurou.

 

Como parte de um pacote de mudanças na companhia, dois dos fundadores trocaram de cargo em outubro. Caio Mesquita voltou a ser CEO, enquanto Felipe Miranda passou CIO (diretor de investimentos), responsável pela integração das novas frentes de negócio da empresa.

A Empiricus tem planos ambiciosos para o futuro, que incluem a entrada em novos negócios e a abertura de capital no longo prazo. Mas executivos próximos afirmam que eles dependem da resolução de um processo administrativo da Comissão de Valores Mobiliários, aberto em 2018 e que contesta a autonomia da companhia para fazer análises.

Sobre este ponto, a Empiricus afirma que tem procurado se aproximar do regulador e mantido "conversas construtivas".

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