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Colômbia prende ex-senador ligado a escândalo da Odebrecht

Otto Bula Bula, senador do Partido Liberal até 2002, também pode ter violado as regras de cambiais

Odebrecht: a empresa pagou 4,6 milhões de dólares de propina para o ex-senador (Janine Costa/Reuters)

Odebrecht: a empresa pagou 4,6 milhões de dólares de propina para o ex-senador (Janine Costa/Reuters)

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Reuters

Publicado em 15 de janeiro de 2017 às 13h40.

Bogotá -- Autoridades colombianas prenderam um ex-senador por ter supostamente recebido 4,6 milhões de dólares em propina para ajudar a Odebrecht SA [ODBES.UL] a ganhar um contrato para a construção de estrada, em meio ao grande escândalo de corrupção que continua afetando a maior empreiteira da América Latina.

Otto Bula Bula, senador do Partido Liberal até 2002, foi incumbido pela Odebrecht de garantir que um determinado número de pedágios de preço mais alto fosse incluído em um contrato para construir a rodovia Ocaña-Gamarra, informou a Procuradoria- Geral da Colômbia no sábado.

"Por seu trabalho, a Odebrecht fez pagamentos de 4,6 milhões de dólares", disse o comunicado, acrescentando que Bula enfrenta acusações de suborno e enriquecimento ilícito.

Bula, que foi preso no sábado, também pode ter violado as regras de cambiais, disse o comunicado. O contrato para a estrada colombiana Ocaña-Gamarra foi concedido à empresa em março de 2014.

A Reuters não pôde contatar imediatamente Bula ou seus advogados.

A reputação da Odebrecht foi atingida depois que a Força Tarefa da Lava Jato descobriu um grande esquema de pagamento de propina para ganhar contratos em vários países, levando o grupo a vender ativos, refinanciar dívidas e reduzir a participação em licitações nas Américas e na África.

No final do ano passado, a Odebrecht concordou com um acordo de coloboração de 2 bilhões de dólares com promotores públicos no Brasil, Estados Unidos e Suíça.

Os promotores dos EUA alegam que a Odebrecht pagou centenas de milhões de dólares em propina relacionados a projetos em 12 países, incluindo Brasil, Argentina, Colômbia, México e Venezuela, entre 2002 e 2016.

 

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