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Cofundador do Google tem ONG humanitária secreta com iate de US$ 80 mi

A associação usa alta tecnologia para oferecer suporte a regiões atingidas por desastres e hoje realiza testes de coronavírus nos Estados Unidos

Sergey Brin: com veículos off-road, jet skis, drones, iates gigantescos e aeronaves, organização auxilia áreas atingidas por desastres (Kevork Djansezian/Getty Images)

Sergey Brin: com veículos off-road, jet skis, drones, iates gigantescos e aeronaves, organização auxilia áreas atingidas por desastres (Kevork Djansezian/Getty Images)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 22 de junho de 2020 às 12h35.

Última atualização em 22 de junho de 2020 às 13h38.

O cofundador do Google, Sergey Brin, tem uma atividade secreta. Oitavo mais rico do mundo com uma fortuna de 66 bilhões de dólares, ele é o fundador e único doador da organização Global Support and Development (GSD, ou "Suporte e Desenvolvimento Global"), voltada para atender áreas de desastre. Atualmente, está atuando com testes para o novo coronavírus na costa oeste dos Estados Unidos.

A informação foi divulgada pelo site Daily Beast. Nos últimos cinco anos, a associação usou sistemas de alta tecnologia para oferecer suporte a regiões atingidas por desastres, com veículos off-road, jet skis, drones, iates gigantescos e aeronaves. O principal veículo de apoio da ONG é um iate de 80 milhões de dólares chamado Dragonfly, "libélula" em inglês.

São 20 funcionários de tempo integral e mais de 200 temporários. Além das tecnologias de ponta, os funcionários da organização também desfrutam de amenidades como sorvetes disponíveis o tempo todo e até serviço de lavanderia a bordo do superiate.

Agora, a organização está apoiando iniciativas de combate ao coronavírus, com testes para a doença por drive-thru na Califórnia, testando milhares de pessoas, inclusive em centros para idosos, e providenciou suprimentos para oito estados americanos.

O iate chega às regiões afetadas muito antes das ajudas governamentais e oficiais, diz o site, e quase metade da equipe da ONG é formada por ex-militares. A organização é liderada por Grant Dawson, um ex-tenente da Marinha que fez parte da equipe de segurança pessoal de Brin por muitos anos.

A organização foi criada depois que o capitão do iate estava passando por Vanuatu, país no oceano Pacífico, que havia de ser atingido pelo ciclone Pam. O iate estava próximo à região, com paramédicos a bordo, e seu capitão pediu a Brin autorização para ajudar a região. De acordo com o site, a ajuda foi substancial. A tripulação ajudou a abastecer a ilha com 62 toneladas de água fresca, tratou de 250 pacientes e construiu abrigos em diversas comunidades. 

Outras iniciativas

Além da GSD, Brin tem iniciativas em ciência de base, mobilidade e patrocina pesquisas contra a doença de Parkinson. Ele não é o único bilionário com ambições humanitárias. Bill Gates, segunda pessoa mais rica do mundo, é conhecido por incentivar pesquisas em saneamento, saúde e educação pela The Gates Foundation, fundação que lidera ao lado de sua esposa, Melinda.

Elon Musk, fundador da Tesla e SpaceX, ofereceu ajuda para o resgate dos jogadores de futebol mirins que ficaram presos em uma caverna na Tailândia em 2018 — seu projeto de submarino foi rejeitado pelos socorristas e, contrariado, Musk disse que um mergulhador britânico que ajudou no resgate era estuprador e pedófilo, sendo processado por isso. 

Larry Page, também cofundador do Google, liderou iniciativas para vacinação contra a gripe na costa oeste dos Estados Unidos, enquanto pesquisa o desenvolvimento de uma vacina universal contra a gripe.

No entanto, a GSD, uma das organizações humanitárias mais tecnológicas e misteriosas atualmente, recebe críticas pela sua falta de transparência e por carregar a cultura do Exército, já que muitos de seus colaboradores são ex-militares, diz a matéria do Daily Beast.

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