Negócios

Clima bom é mais importante que salário alto, diz pesquisa

Estudo realizado junto a 230 empresas brasileiras mostra que, em 42% delas, principal ferramenta usada para reter talentos é ter um ambiente de trabalho agradável


	Funcionários felizes: ainda que não usem a estratégia, criar um bom clima corporativo é apontado por 69% das companhias como a medida de retenção mais efetiva
 (GettyImages)

Funcionários felizes: ainda que não usem a estratégia, criar um bom clima corporativo é apontado por 69% das companhias como a medida de retenção mais efetiva (GettyImages)

Luísa Melo

Luísa Melo

Publicado em 11 de novembro de 2013 às 13h13.

Nada de salários lá em cima e gordos bônus no fim do ano. Para as empresas, o que mais atrai e retém talentos, é ter um ambiente de trabalho agradável. É o que indica nova pesquisa do site de empregos Curriculum. 

O estudo levou em conta opiniões colhidas em 230 companhias brasileiras. Na maioria delas (42%), o principal investimento para convencer os funcionários a ficarem é oferecer um bom clima corporativo.

Em segundo lugar, aparece a participação nos lucros (29%). Os benefícios especiais como academia, berçário/creche, curso de idiomas e restaurante na empresa vêm em seguida, com 28%. A possibilidade de desenvolvimento constante foi considerada importante por 26%, e os horários flexíveis e os bônus por 25% e 24%, respectivamente. 

Na outra ponta, as práticas menos adotadas pelas empresas foram possibilitar transferência para outro país (2%), viagens internacionais (2,5%), oferecer 14º salário (4,5%) e carro (6%). 

Em relação a quais medidas as empresas consideram mais efetivas, independente de as adotarem ou não, a maioria também considera que ter um clima agradável está em primeiro lugar (69%).

Em seguida, empatados com 62%, aparecem a possibilidade de desenvolvimento constante e plano de carreira estruturado. Logo depois vem a remuneração acima da média do mercado (60%), participação nos lucros (56%), benefícios especiais (48%), horários flexíveis (43,5%) e oferecimento de cursos de pós-graduação e especialização (39%). 

A oportunidade de transferência para outro país e carro cedido pela corporação (ambos com 5,7%) e viagens internacionais (10%), foram as opções menos citadas.

Funciona?

O curioso, porém, é que quando questionados se os benefícios oferecidos pelas organizações basileiras têm realmente retido talentos, a maioria dos entrevistados (51%) disse que não. Os outros 49% acreditam que os investimentos têm sido eficientes. 

Benefícios especiais

Dentro do recorte de benefícios especiais, os mais oferecidos pelas empresas são restaurante interno e plano de saúde avançado, ambos com 51%. Em seguida vem o estacionamento, com 44%. O subsídio para cursos de pós-gradução, MBA e cursos de especialização aparecem com 38%. 

Acompanhe tudo sobre:ConsultoriasEmpresasServiçosTalentos

Mais de Negócios

'E-commerce' ao vivo? Loja física aplica modelo do TikTok e fatura alto nos EUA

Catarinense mira R$ 32 milhões na Black Friday com cadeiras que aliviam suas dores

Startups no Brasil: menos glamour e mais trabalho na era da inteligência artificial

Um erro quase levou essa marca de camisetas à falência – mas agora ela deve faturar US$ 250 milhões