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Classes C e D ganham 630 salas de cinema com exibição via satélite

A Estudios Mega, empresa de pós-produção cinematográfica e publicidade, anunciou na tarde desta sexta-feira a abertura de 630 novas salas de cinema nos próximos dois anos, em todo o país, destinadas às classe C e D. O projeto, que está sendo chamado de Popplex, em contraponto as salas multiplex, terá uma característica totalmente inovadora. Por […]

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 13h16.

A Estudios Mega, empresa de pós-produção cinematográfica e publicidade, anunciou na tarde desta sexta-feira a abertura de 630 novas salas de cinema nos próximos dois anos, em todo o país, destinadas às classe C e D.

O projeto, que está sendo chamado de Popplex, em contraponto as salas multiplex, terá uma característica totalmente inovadora. Por meio de um software chamado Kinocast, desenvolvido pela Rainnetwork - braço da Estúdios Mega com foco na distribuição - com a ajuda da Microsoft, os filmes serão transmitidos via satélite para as salas de cinema. Para isso, as salas de exibição serão equipadas com microcomputadores. O software faz a programação dos filmes, liga e desliga os projetores, tudo digitalmente.

Com isso, os custos de exibição cairão sensivelmente já que o exibidor não precisará mais comprar as cópias dos filmes que hoje saem por cerca de 2 mil dólares. A idéia é criar os Popplex principalmente nas periferias das grandes cidades, nas cidades do interior do país e também nas capitais mais pobres, para atingir um público que hoje não consegue ter acesso aos cinemas devido aos altos custos dos ingressos. Os ingressos nessas salas deverão ficar em torno de 4 reais.

Além disso, deverão passar basicamente filmes nacionais que, segundo Phelippe Neiva, sócio-diretor da Mega Estúdios, despertam o maior interesse dessa população acostumada à linguagem televisiva. "Esse público de menor renda tem mais identidade com o cinema nacional", diz Neiva. Uma das razões é que boa parte dessa população mais pobre tem dificuldades de ler as legendas dos filmes estrangeiros.

O investimento no projeto - desenvolvimento do software e abertura das salas - é de cerca de 80 milhões de dólares. A Mega deve bancar boa parte dos custos mas tem está buscando investidores para o projeto. Inicialmente, a empresa deve abrir cerca de 250 salas. As outras são salas de cidade do interior e de periferia que estão praticamente desativadas por falta de condições dos exibidores de bancar o sistema de compra de cópias. "Vamos incentivar a compra do nosso sistema", diz Neiva.

O software já foi vendido para os Estados Unidos, que abrirão 200 salas de cinema com esse sistema. A China também está em negociações com a empresa para comprar o programa.

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