Negócios

Cinépolis investirá R$ 500 mi em cinemas no País

O grupo mexicano Cinépolis, maior operador de cinemas da América Latina e quarto do mundo, investirá R$ 500 milhões para entrar no Brasil

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h45.

Última atualização em 24 de março de 2017 às 17h59.

Ribeirão Preto, São Paulo - O grupo mexicano Cinépolis, maior operador de cinemas da América Latina e quarto do mundo, investirá R$ 500 milhões para entrar no Brasil. A companhia prevê abrir 290 salas no País até 2012, 40 delas em 2010. O primeiro complexo da Cinépolis inicia a operação amanhã, com oito salas no Shopping Santa Úrsula, em Ribeirão Preto (SP), e será ainda o único no Brasil com três salas para a exibição de filmes em 3D, todas com a estreia da animação "Toy Story 3".

Além da cidade do interior paulista, Belém, Salvador e São Paulo terão inauguradas salas da rede Cinépolis ainda em 2010. Só no México, onde opera desde 1947 e iniciou a expansão em 1972, a Cinépolis tem 2.100 salas de cinema, 60% do mercado local e a mesma quantidade de todas as salas em operação no Brasil.

De acordo com o executivo-chefe da Cinépolis, Eduardo Acuña, Brasil e a Índia foram escolhidos para os planos de expansão da companhia por serem países em desenvolvimento e por serem os dois maiores mercados em potencial de crescimento na avaliação da empresa. "Nos Estados Unidos, um mercado completamente saturado, são 7 mil habitantes por sala, no México são 24 mil; Já no Brasil são 80 mil e, na Índia, 100 mil", disse o executivo.

Apesar de ter a mesma previsão de investimento e de salas e de já ter um primeiro complexo inaugurado em dezembro do ano passado, a Índia terá um avanço nas inaugurações de novos cinemas da Cinépolis mais lento que no Brasil. De acordo com Acuña, a Cinépolis até poderia acelerar a construção de cinemas no Brasil, mas depende basicamente do ritmo de contratos dos shoppings centers, onde elas serão prioritariamente instaladas. "Se tivéssemos a possibilidade de abrir 300 salas rapidamente, abriríamos, afirmou o CEO da Cinépolis, que não descartou a possibilidade de investimentos em salas foras de centros e compras.

Apesar de elogiar o potencial do Brasil, Acuña criticou o custo para a manutenção de salas de cinemas no País, que, segundo ele, são 80% maiores do que no México. "Além dos impostos, o custo de operação é maior, principalmente pelos encargos trabalhistas", explicou o executivo, que também criticou a meia-entrada. "A meia-entrada prejudica quem não é estudante e encarece o ingresso".

Acuña não disse quando a companhia espera ser lucrativa no Brasil. "Apesar de sermos o quarto maior grupo exibidor do mundo, somos os maiores privados sem capital aberto, por isso não precisamos responder a fundos e a bancos sobre esse assunto", disse. "Mas todo o lucro obtido no Brasil será reinvestido aqui", concluiu o executivo. Além de cinemas, a Cinépolis atua ainda nos ramos imobiliário, construção civil e em concessionárias de veículos no México.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaArteCinemaCinépolisEntretenimentoInvestimentos de empresasMéxico

Mais de Negócios

15 franquias baratas a partir de R$ 300 para quem quer deixar de ser CLT em 2025

De ex-condenado a bilionário: como ele construiu uma fortuna de US$ 8 bi vendendo carros usados

Como a mulher mais rica do mundo gasta sua fortuna de R$ 522 bilhões

Ele saiu do zero, superou o burnout e hoje faz R$ 500 milhões com tecnologia