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Cielo e BB anunciam nova empresa avaliada em R$ 11 bi

As companhias confirmaram uma joint venture para a gestão de transações de crédito e débito


	Caixa usa uma máquina da Cielo para processar um pagamento com cartão de crédito, em São Paulo
 (Paulo Fridman/Bloomberg)

Caixa usa uma máquina da Cielo para processar um pagamento com cartão de crédito, em São Paulo (Paulo Fridman/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 19 de novembro de 2014 às 21h27.

São Paulo – Depois do anúncio das negociações no começo da semana, a Cielo e o Banco do Brasil confirmaram a assinatura de um acordo para a criação de uma joint venture que irá fazer a gestão das operações de cartão de crédito e débito emitidos pelo BB.

Desta operação, nascerá uma nova empresa que foi avaliada em 11,6 bilhões de reais. Segundo o Fato Relevante enviado à CVM, o impacto financeiro estimado da operação no lucro líquido do BB será de 3,2 bilhões de reais.

A Cielo terá 70% do capital social e o BB, os outros 30%. A Cielo vai aportar 8,1 bilhões de reais na operação, valor que será todo financiado pela emissão de debêntures. O Banco do Brasil vai contribuir com ativos.

Os cartões que serão geridos pela nova empresa fazem parte do chamado Arranjo de Pagamento Ourocard. Segundo comunicado da Cielo, só não entram na nova gestão “cartões relacionados aos negócios pré-pagos, soluções de meios de pagamento fornecidas a entes governamentais e cartões private label emitidos no âmbito de parcerias atuais firmadas com varejistas.”

A nova empresa vai fazer toda a gestão de cartões, inclusive das contas de pagamento e dos controles de segurança, e será remunerada por uma taxa de intercâmbio sobre as transações.

“Vale destacar que esse modelo de remuneração com intercâmbio é inédito no mundo. A iniciativa está alinhada com o planejamento estratégico da Cielo, que busca a criação de valor para o acionista por meio do crescimento, da diversificação de receita em negócios relacionados a pagamentos eletrônicos e da maior eficiência operacional”, afirma Rômulo de Mello Dias, presidente da Cielo, em nota enviada à imprensa. 

A Cielo foi assessorada pelos bancos Deutsche Bank e J.P. Morgan, e pelos escritórios Barbosa, Müssnich e Aragão Advogados (BM&A) e Lefosse Advogados. O negócio depende ainda de aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e do Banco Central.

Veja na íntegra os Fatos Relevantes divulgados pela Cielo e pelo Banco do Brasil:

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