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Chávez critica Petrobras por atraso em refinaria de Abreu e Lima

A estatal PDVSA tem uma participação societária de 40 por cento na refinaria de Abreu e Lima, que está sendo construída em Pernambuco

Tenho vontade de jogar bola, (...) já estou quase bom", disse Chávez (Juan Barreto/AFP)

Tenho vontade de jogar bola, (...) já estou quase bom", disse Chávez (Juan Barreto/AFP)

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Da Redação

Publicado em 29 de setembro de 2011 às 23h54.

Caracas - O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, criticou a Petrobras pela demora em executar um multibilionário projeto de refinaria que, segundo ele, se tornou uma "pedra no sapato" entre o seu país e o Brasil.

A estatal PDVSA tem uma participação societária de 40 por cento na refinaria de Abreu e Lima, que está sendo construída em Pernambuco e terá capacidade para 230 mil barris de petróleo por dia. Mas divergências sobre os termos do projeto têm retardado a conclusão de um acordo definitivo sobre a participação venezuelana.

Um executivo da Petrobras disse em agosto que a PDVSA tem até o final de novembro para apresentar verbas e garantias de crédito, sob pena de precisar deixar a parceria e reembolsar a empresa brasileira por sua parte nos gastos feitos até agora na obra.

"Para mim é inexplicável ... Acho que há alguns setores ou atores na Petrobras que não querem o acordo. Estou convencido disso, e tenho na minha agenda conversar com a presidenta, a minha querida Dilma (Rousseff)", disse Chávez.

A Petrobras diz que se a PDVSA não honrar seus compromissos, a estatal brasileira irá construir sozinha a refinaria pernambucana.

O projeto, que ao ser apresentado em 2005 tinha um custo estimado em 4 bilhões de dólares, já teve seu valor reajustado para 13 bilhões. Mas Chávez disse que a PDVSA não vê inconvenientes em pagar mais.

"Temos o dinheiro na mão ... Dizem que o Chávez não vai pagar, que a Venezuela não vai pagar. Isso não é verdade", disse o presidente a jornalistas no Palácio de Miraflores, em Caracas.

"Se não é uma coisa, é outra, ou outra, ou outra. Eles tiram coisas da manga ..., mas é a Petrobras, não o governo Dilma", afirmou ele, acrescentando que a questão é a "ovelha negra" nas relações bilaterais. "É como uma pedra no sapato."

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