Negócios

CEO da Apple se diz otimista sobre perspectivas pós-pandemia

Ele disse que a Apple “não é imune às tendências econômicas mundiais”, mas que a empresa entrou na pandemia de coronavírus com um forte balanço

Cook disse que a introdução do novo MacBook Air, iPad Pro e iPhone SE nas últimas semanas mostra que a empresa não está deixando que a pandemia interfira no lançamento de produtos. (Justin Sullivan/Getty Images)

Cook disse que a introdução do novo MacBook Air, iPad Pro e iPhone SE nas últimas semanas mostra que a empresa não está deixando que a pandemia interfira no lançamento de produtos. (Justin Sullivan/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 18 de abril de 2020 às 08h00.

Última atualização em 18 de abril de 2020 às 08h00.

O diretor-presidente da Apple, Tim Cook, realizou uma reunião virtual com toda a empresa na quinta-feira para abordar as preocupações sobre o impacto do Covid-19 e comentar o plano da fabricante do iPhone para normalizar as atividades.

Durante a reunião, Cook disse que a pandemia representava um “momento incerto e estressante”, mas expressou confiança de que a empresa sairá forte da crise, como ocorreu após a recessão de 2008 e depois de quase pedir recuperação judicial no fim dos anos 90.

Ele disse que a Apple “não é imune às tendências econômicas mundiais”, mas que a empresa entrou na pandemia de coronavírus com um forte balanço. O executivo destacou que a Apple continuará investindo de “maneira realmente significativa” em pesquisa e desenvolvimento e produtos futuros, de acordo com funcionários da Apple que participaram da reunião. Um porta-voz da empresa não quis comentar.

“Se permanecermos focados em fazer o que fazemos de melhor, se continuarmos investindo, se administrarmos os negócios com sabedoria e tomarmos decisões de forma colaborativa, se cuidarmos de nossas equipes, se nossas equipes cuidarem de seu trabalho, não vejo qualquer motivo para não ser otimista”, disse Cook, que está à frente da Apple há quase uma década.

Quando perguntado sobre possíveis demissões, o CEO reiterou a forte posição financeira da Apple e apontou que a empresa continuava pagando funcionários do varejo mesmo com as lojas fechadas. “Não vou dizer que a Apple não será afetada”, disse Cook, enfatizando que seu foco é administrar a empresa a longo prazo, em vez de fazer ajustes a curto prazo.

A Apple ainda não sabe quando os funcionários poderão voltar aos escritórios, mas Cook disse que, quando voltarem, provavelmente serão implementadas medidas para medir a temperatura da equipe e distanciamento social. Segundo Cook, o teste de coronavírus é uma possibilidade, mas não existem planos no momento.

Funcionários de varejo da Apple iniciaram treinamento on-line e realizam mais reuniões virtuais em antecipação à reabertura das lojas, segundo pessoas a par do assunto. A Apple prevê começar a reabrir as lojas nos EUA no início de maio.

Cook disse que a introdução do novo MacBook Air, iPad Pro e iPhone SE nas últimas semanas mostra que a empresa não está deixando que a pandemia interfira no lançamento de produtos.

Durante a reunião, o diretor de operações da Apple, Jeff Williams, disse que a crise elevou a importância dos produtos de saúde da empresa, como o Apple Watch, e que o trabalho de desenvolvimento nesse campo não se “limita ao pulso”. Ele também disse que, com a pandemia, países têm ajudado a Apple a acelerar a introdução do recurso de eletrocardiograma do Apple Watch.

Acompanhe tudo sobre:AppleBloombergCoronavírusTim Cook

Mais de Negócios

Como a mulher mais rica do mundo gasta sua fortuna de R$ 522 bilhões

Ele saiu do zero, superou o burnout e hoje faz R$ 500 milhões com tecnologia

"Bar da boiadeira" faz investimento coletivo para abrir novas unidades e faturar R$ 90 milhões

Haier e Hisense lideram boom de exportações chinesas de eletrodomésticos em 2024