Negócios

Cemig pode vender participação na Light, diz fonte

A Light possui ativos de geração e é responsável pela distribuição de energia na região metropolitana do Rio de Janeiro


	Light: a Light possui ativos de geração e é responsável pela distribuição de energia na região metropolitana do Rio de Janeiro
 (Dado Galdieri/Bloomberg)

Light: a Light possui ativos de geração e é responsável pela distribuição de energia na região metropolitana do Rio de Janeiro (Dado Galdieri/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de agosto de 2016 às 19h07.

São Paulo - A Cemig concedeu mandatos a dois bancos para que promovam a venda de sua fatia na elétrica Light, em um movimento que faz parte dos planos da estatal mineira de energia para gerar caixa e reduzir dívidas, afirmou uma fonte com conhecimento do assunto nesta terça-feira.

A fonte, que pediu anonimato porque as negociações são privadas, disse que a Cemig deu mandatos aos bancos de investimento de Santander e Banco Votorantim para conduzir a venda dos 39 por cento que a companhia detém direta ou indiretamente na Light, na qual é controladora.

A Light possui ativos de geração e é responsável pela distribuição de energia na região metropolitana do Rio de Janeiro.

O processo será lançado ainda neste mês, disse a fonte. Cemig, Santander e Banco Votorantim não quiseram comentar a informação.

Se a venda fosse feita aos atuais preços de mercado, a Cemig poderia levantar ao menos 1,2 bilhão de reais com o negócio, isso sem incluir um eventual prêmio, segundo cálculos da Thomson Reuters.

A Cemig possui uma participação direta de 26 por cento na Light, além de outros 13 por cento por meio de diferentes veículos de investimentos junto a outros investidores.

A companhia mineira, que tem sido afetada pela queda no consumo de energia e pelo aumento do endividamento, está em busca de vender ativos com retornos decepcionantes ou que exijam muitos investimentos, em um esforço para reduzir suas dívidas, que alcançaram 13 bilhões de reais.

A Reuters publicou recentemente que a Cemig contratou bancos para tocarem a venda de pequenas hidrelétricas e de sua distribuidora de gás, Gasmig.

A companhia também já confirmou informação da Reuters de que buscará a venda também de parte de sua fatia na transmissora de energia Taesa.

O governo de Minas Gerais, controlador da Cemig, não possui recursos para aportar na companhia, em meio a uma forte crise fiscal dos Estados brasileiros, que negociam uma renegociação de suas dívidas junto ao governo federal.

Segundo a fonte, a Cemig já teve contatos com potenciais investidores na Light. A fonte não citou nomes, nem o eventual prêmio a ser cobrado pela Cemig no ativo ou outros termos da transação.

As ações da Cemig fecharam em queda de 1,78 por cento nesta terça-feira.

Acompanhe tudo sobre:CemigEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEnergia elétricaEstatais brasileirasLightServiços

Mais de Negócios

Azeite a R$ 9, TV a R$ 550: a lógica dos descontaços do Magalu na Black Friday

20 frases inspiradoras de bilionários que vão mudar sua forma de pensar nos negócios

“Reputação é o que dizem quando você não está na sala”, reflete CEO da FSB Holding

EXAME vence premiação de melhor revista e mantém hegemonia no jornalismo econômico