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Cemig consegue adiar entrada de novo sócio na Light

Depois de seis meses de buscas, a Cemig não conseguiu um investidor interessado em ser seu sócio na Light

Subestação e energia da Light: a cadeia societária da Light é extensa (Dado Galdieri/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 19 de maio de 2016 às 19h24.

Depois de seis meses de buscas, a Companhia Energética de Minas Gerais ( Cemig ) não conseguiu um investidor interessado em ser seu sócio na Light .

Mas conseguiu adiar por um ano e meio a necessidade de equacionar uma alteração na cadeia societária da distribuidora de energia que atende o Rio de Janeiro.

A Cemig procurava um investidor porque, em setembro do ano passado, o Fundo de Investimentos em Participações (FIP) Redentor informou que desejava exercer uma opção de venda que possui contra a elétrica mineira de sua participação no veículo de investimento Parati, acionista da Light.

Esse FIP tem como cotistas os bancos Votorantim, BTG Pactual, Santander e Banco do Brasil e entrou no capital da Light em 2011 como um investidor financeiro. Em troca da compra das ações, recebeu a opção de venda dos papéis à Cemig, com uma remuneração mínima garantida.

A seis meses do vencimento, em função do fraco desempenho das ações da Light e do setor na bolsa, o FIP identificou que seria muito vantajoso o exercício da opção e comunicou à Cemig que iria exercê-la.

O contrato da opção previa que, nesse caso, ou a Cemig indicaria um investidor para ficar com a participação ou ela mesma ficaria com as ações.

A cadeia societária da Light é extensa. O bloco controlador da companhia é formado por participações indiretas de Cemig, FIP Redentor e Parati.

Esses três controlam outros dois veículos, Luce e RME (Rio Minas Energia), que concentram as participações diretas na Light. O FIP Redentor é sócio da Cemig na Parati, que controla a Luce e também a Redentor Energia, que controla a RME.

Indiretamente, o FIP tem 19,23% da Light.

A Cemig não encontrou interessados a comprar ações da Light no preço garantido pela opção, que supera em mais de três vezes o valor da ação a empresa hoje na bolsa.

A companhia mineira também não dispunha de recursos porque está com endividamento alto. Mesmo que tivesse condições financeiras de comprar a participação, se ela o fizesse transformaria a Light em uma estatal.

Essa mudança de condição da elétrica carioca poderia resultar no vencimento antecipado de alguns contratos de financiamento da empresa. A opção venceria no próximo dia 31 e a única saída possível foi renegociar as suas condições. A data do vencimento foi adiada em um ano e meio.

Enquanto isso, a Cemig quer promover uma reorganização societária do grupo de empresas da Parati, que terá seu acervo separado, o que deverá ter impacto no cálculo do preço das opções.

Nessa negociação com o FIP Redentor, a Cemig deu units da Transmissora Aliança de Energia (Taesa) em garantia, no valor de 1,075 bilhão de reais - o mesmo valor aportado pelo FIP Redentor na Parati em 2011.

A Cemig também ofereceu como reforço de garantia 26,06% de ações da Light.

Toda essa negociação deverá ser aprovada pelos acionistas da empresa em assembleia marcada para o dia 30 de maio.

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Mas conseguiu adiar por um ano e meio a necessidade de equacionar uma alteração na cadeia societária da distribuidora de energia que atende o Rio de Janeiro.

A Cemig procurava um investidor porque, em setembro do ano passado, o Fundo de Investimentos em Participações (FIP) Redentor informou que desejava exercer uma opção de venda que possui contra a elétrica mineira de sua participação no veículo de investimento Parati, acionista da Light.

Esse FIP tem como cotistas os bancos Votorantim, BTG Pactual, Santander e Banco do Brasil e entrou no capital da Light em 2011 como um investidor financeiro. Em troca da compra das ações, recebeu a opção de venda dos papéis à Cemig, com uma remuneração mínima garantida.

A seis meses do vencimento, em função do fraco desempenho das ações da Light e do setor na bolsa, o FIP identificou que seria muito vantajoso o exercício da opção e comunicou à Cemig que iria exercê-la.

O contrato da opção previa que, nesse caso, ou a Cemig indicaria um investidor para ficar com a participação ou ela mesma ficaria com as ações.

A cadeia societária da Light é extensa. O bloco controlador da companhia é formado por participações indiretas de Cemig, FIP Redentor e Parati.

Esses três controlam outros dois veículos, Luce e RME (Rio Minas Energia), que concentram as participações diretas na Light. O FIP Redentor é sócio da Cemig na Parati, que controla a Luce e também a Redentor Energia, que controla a RME.

Indiretamente, o FIP tem 19,23% da Light.

A Cemig não encontrou interessados a comprar ações da Light no preço garantido pela opção, que supera em mais de três vezes o valor da ação a empresa hoje na bolsa.

A companhia mineira também não dispunha de recursos porque está com endividamento alto. Mesmo que tivesse condições financeiras de comprar a participação, se ela o fizesse transformaria a Light em uma estatal.

Essa mudança de condição da elétrica carioca poderia resultar no vencimento antecipado de alguns contratos de financiamento da empresa. A opção venceria no próximo dia 31 e a única saída possível foi renegociar as suas condições. A data do vencimento foi adiada em um ano e meio.

Enquanto isso, a Cemig quer promover uma reorganização societária do grupo de empresas da Parati, que terá seu acervo separado, o que deverá ter impacto no cálculo do preço das opções.

Nessa negociação com o FIP Redentor, a Cemig deu units da Transmissora Aliança de Energia (Taesa) em garantia, no valor de 1,075 bilhão de reais - o mesmo valor aportado pelo FIP Redentor na Parati em 2011.

A Cemig também ofereceu como reforço de garantia 26,06% de ações da Light.

Toda essa negociação deverá ser aprovada pelos acionistas da empresa em assembleia marcada para o dia 30 de maio.

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