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Cemig confirma plano de venda de ações da Taesa

A estatal Cemig anunciou que que pretende vender parte de suas ações na transmissora de energia Taesa, na qual é majoritária, podendo levantar R$ 500 milhões

Cemig: fatia na Taesa a ser ofertada faz parte de um grupo de ações que a Cemig desvinculou recentemente do bloco de controle da transmissora (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 3 de agosto de 2016 às 22h42.

São Paulo - A Cemig anunciou nesta quarta-feira que pretende vender parte de suas ações na transmissora de energia Taesa, na qual é majoritária, confirmando informação publicada mais cedo pela Reuters, dentro dos esforços para reduzir a sua dívida por meio da venda de ativos.

A estatal mineira do setor elétrico informou em fato relevante que a sua diretoria submeteu ao Conselho de Administração proposta de venda de 22,27 milhões de units da Taesa, todas fora do bloco de controle, sem dar mais detalhes.

Mais cedo a Reuters noticiou, com base em fonte, que a empresa estava estudando a venda de 6,5 por cento de sua participação de 43,36 por cento na Taesa, para levantar 500 milhões de reais.

A unit da Taesa fechou cotada a 23,47 reais na Bovespa nesta quarta-feira. Mesmo com a venda, a Cemig ainda continuará como a principal acionista, seguida pela fundo Coliseu, que detém 22,14 por cento da Taesa.

A fatia na Taesa a ser ofertada faz parte de um grupo de ações que a Cemig desvinculou recentemente do bloco de controle da transmissora.

"Esse processo deve acontecer nas próximas semanas, entre um e dois meses... isso é o que ela tem em mente agora, mas se precisar vender mais, tem liquidez... tem bastante comprador, a Taesa é uma empresa redonda, muito bem gerida", disse à Reuters uma fonte com conhecimento do assunto.

A operação poderia ser feita tanto por meio de uma venda em bloco para um único comprador quanto por uma oferta com esforços restritos junto a um grupo de investidores, segundo a fonte.

A Cemig fechou o primeiro trimestre com uma forte alavancagem, que representa uma relação de 4,39 vezes entre a dívida líquida e a geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda).

A companhia precisou renegociar com credores os limites de alavancagem, que eram de 4,12 vezes.

No final de 2015, essa relação era de 2,4 vezes. A Taesa fechou o primeiro trimestre com lucro de 254 milhões de reais. A companhia possui um valor de mercado de 6,39 bilhões de reais.

Embora a fatia a ser ofertada na Taesa seja pequena, a fonte disse que a operação faz sentido porque um investidor que quisesse adquirir essa participação por meio de compras de ações na bolsa levaria o papel a disparar, elevando consideravelmente o custo da transação.

De acordo com uma segunda fonte próxima às conversas, a Cemig vê investidores chineses como possíveis interessados no negócio.

Além da fatia que deve ser vendida, outra parte de ações da companhia mineira na Taesa desvinculadas do bloco de controle foi oferecida pela Cemig como garantia em uma operação com a Light.

A Cemig deu essas ações como garantia para ganhar mais tempo na busca por um novo sócio que compre a fatia do fundo Redentor na Light, uma vez que o acordo de acionistas da distribuidora previa que, se o parceiro quisesse exercer uma opção de venda de sua fatia no negócio, a empresa mineira precisaria comprar o ativo ou encontrar um comprador.

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São Paulo - A Cemig anunciou nesta quarta-feira que pretende vender parte de suas ações na transmissora de energia Taesa, na qual é majoritária, confirmando informação publicada mais cedo pela Reuters, dentro dos esforços para reduzir a sua dívida por meio da venda de ativos.

A estatal mineira do setor elétrico informou em fato relevante que a sua diretoria submeteu ao Conselho de Administração proposta de venda de 22,27 milhões de units da Taesa, todas fora do bloco de controle, sem dar mais detalhes.

Mais cedo a Reuters noticiou, com base em fonte, que a empresa estava estudando a venda de 6,5 por cento de sua participação de 43,36 por cento na Taesa, para levantar 500 milhões de reais.

A unit da Taesa fechou cotada a 23,47 reais na Bovespa nesta quarta-feira. Mesmo com a venda, a Cemig ainda continuará como a principal acionista, seguida pela fundo Coliseu, que detém 22,14 por cento da Taesa.

A fatia na Taesa a ser ofertada faz parte de um grupo de ações que a Cemig desvinculou recentemente do bloco de controle da transmissora.

"Esse processo deve acontecer nas próximas semanas, entre um e dois meses... isso é o que ela tem em mente agora, mas se precisar vender mais, tem liquidez... tem bastante comprador, a Taesa é uma empresa redonda, muito bem gerida", disse à Reuters uma fonte com conhecimento do assunto.

A operação poderia ser feita tanto por meio de uma venda em bloco para um único comprador quanto por uma oferta com esforços restritos junto a um grupo de investidores, segundo a fonte.

A Cemig fechou o primeiro trimestre com uma forte alavancagem, que representa uma relação de 4,39 vezes entre a dívida líquida e a geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda).

A companhia precisou renegociar com credores os limites de alavancagem, que eram de 4,12 vezes.

No final de 2015, essa relação era de 2,4 vezes. A Taesa fechou o primeiro trimestre com lucro de 254 milhões de reais. A companhia possui um valor de mercado de 6,39 bilhões de reais.

Embora a fatia a ser ofertada na Taesa seja pequena, a fonte disse que a operação faz sentido porque um investidor que quisesse adquirir essa participação por meio de compras de ações na bolsa levaria o papel a disparar, elevando consideravelmente o custo da transação.

De acordo com uma segunda fonte próxima às conversas, a Cemig vê investidores chineses como possíveis interessados no negócio.

Além da fatia que deve ser vendida, outra parte de ações da companhia mineira na Taesa desvinculadas do bloco de controle foi oferecida pela Cemig como garantia em uma operação com a Light.

A Cemig deu essas ações como garantia para ganhar mais tempo na busca por um novo sócio que compre a fatia do fundo Redentor na Light, uma vez que o acordo de acionistas da distribuidora previa que, se o parceiro quisesse exercer uma opção de venda de sua fatia no negócio, a empresa mineira precisaria comprar o ativo ou encontrar um comprador.

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