Cemig anuncia Reynaldo Passanezi como novo diretor-presidente
O economista, que já foi presidente da Cteep, do grupo colombiano Isa, assumirá o cargo a partir desta segunda-feira no lugar de Cledorvino Belini
Reuters
Publicado em 13 de janeiro de 2020 às 09h47.
Última atualização em 13 de janeiro de 2020 às 10h36.
São Paulo - A estatal mineira de energia Cemig informou que o economista Reynaldo Passanezi Filho foi nomeado como novo diretor-presidente da companhia, segundo fato relevante nesta segunda-feira.
Passanezi, que foi anteriormente presidente da transmissora de energia Cteep, do grupo colombiano Isa, assumirá o cargo a partir desta segunda-feira no lugar de Cledorvino Belini, que havia sido indicado para o comando da companhia em fevereiro de 2019.
A mudança no comando acontece em meio a planos da gestão do governador mineiro Romeu Zema (Partido Novo) de privatizar a companhia, que é uma das maiores empresas de energia do Brasil e tem negócios em geração, transmissão e distribuição de eletricidade.
A Cemig não informou de imediato motivos para a substituição de Belini, que comandava um processo de reestruturação da companhia que envolveu corte no número de níveis gerenciais, redução de secretárias e motoristas e até a venda de um avião da empresa, em busca de menores custos.
Antes de atuar na elétrica mineira, Belini fez carreira na montadora Fiat, tendo sido presidente da montadora no Brasil e na América Latina.
Segundo a Cemig, o conselho de administração da empresa aprovou a nomeação de Passanezi nesta segunda-feira.
Empresa símbolo
Considerada uma empresa emblemática em Minas Gerais, a Cemig foi criada em 1952 pelo então governador Juscelino Kubitschek, que depois seria presidente da República.
O governador Zema, eleito em 2018, prometeu em sua campanha privatizar a empresa, o que exige aprovação da venda do controle em plebiscito popular ou mudança da Constituição estadual para retirar essa exigência.
A Cemig reportou prejuízo líquido de 281,8 milhões de reais no terceiro trimestre, contra lucro de 244,5 milhões de reais no mesmo período de 2018, impactada por um contingenciamento bilionário para o cumprimento de contribuições tributárias.
Enquanto o governo mineiro tenta avançar com os planos de privatização, a companhia vinha buscando vendas de ativos para reduzir seu elevado endividamento.
A dívida líquida da companhia terminou o terceiro trimestre em 13,6 bilhões de reais.
Em meio aos planos de desinvestimentos, a Cemig fechou em julho ano passado a venda de parte de sua fatia na elétrica Light, deixando de ser controladora da empresa que atua na distribuição de energia na região metropolitana do Rio de Janeiro e tem ativos de geração.