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Casa Branca diz à BP que mudar de presidente não vai poupá-la

O alto funcionário, de 52 anos, foi duramente criticado pelos Estados Unidos por sua gestão da crise

Tony Hayward deverá ser substituído pelo americano Bob Dudley, que em junho já havia assumido a direção efetiva das operações do grupo (.)

Tony Hayward deverá ser substituído pelo americano Bob Dudley, que em junho já havia assumido a direção efetiva das operações do grupo (.)

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Da Redação

Publicado em 26 de julho de 2010 às 19h56.

Washington - A Casa Branca advertiu nesta segunda-feira o grupo britânico BP de que a eventual substituição de seu polêmico presidente, Tony Hayward, em nada muda sua obrigação de limpar o petróleo derramado no Golfo do México e indenizar as vítimas do desastre ambiental.

"O presidente da BP (...) se decidir ir embora, é uma coisa", disse o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs. "O que é certo é que a BP não pode nem deve deixar o golfo sem cumprir com sua responsabilidade de fechar o poço, limpar os estragos causados (pelo óleo derramado) e indenizar os que foram prejudicados", enfatizou.

Em Londres, a imprensa anunciou como iminente a partida de Hayward, centro de críticas por sua gestão da resposta da empresa à explosão que, no dia 20 de abril, matou 11 operários da BP na plataforma Deepwater Horizon, em frente ao litoral da Louisiana.

Em um breve comunicado à Bolsa de Londres na manhã desta segunda-feira, a British Petroleum (BP ) diz que "tomou nota de especulações na imprensa do final de semana sobre possíveis mudanças da direção e a carga que representam os custos da maré negra no Golfo do México".

Se as notícias se confirmarem, o diretor da BP, que trabalha para o grupo há 28 anos, tem direito a um ano de salário - ou seja, mais de um milhão de libras ou 1,2 milhão de euros -, ao que se soma uma bonificação anual de mais de dois milhões de libras e uma aposentadoria de 600.000 libras por ano.

Segundo a BBC, ele deverá ser substituído pelo americano Bob Dudley, que em junho já havia assumido a direção efetiva das operações do grupo petroleiro contra a maré negra no Golfo do México, até então comandada por Hayward.

O alto funcionário, de 52 anos, foi duramente criticado pelos Estados Unidos por sua gestão da crise.

Segundo a BBC, o presidente da BP, Carl-Henric Svanberg, chegou à conclusão de que só sua saída permitiria ao grupo tentar deixar para trás a catástrofe ambiental.

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