Carrefour de Osasco anunciou uma série de iniciativas para amparar e reduzir o número de animais abandonados (Facebook/Reprodução)
Estadão Conteúdo
Publicado em 20 de dezembro de 2018 às 13h01.
São Paulo - Após 20 dias da morte do cadela "Manchinha", no Carrefour de Osasco, cidade da Grande São Paulo, a rede de supermercados anunciou nesta quinta-feira, 20, uma série de iniciativas para amparar e reduzir o número de animais abandonados. Segundo a marca, serão feitas ações internas e externas.
"Tão importante quanto saber reconhecer é saber melhorar", começa o anúncio do Carrefour. Entre as ações voltadas para suas lojas, a marca diz que vai rever e aprimorar os procedimentos internos de suas lojas e produzir material de treinamento e sensibilização dos funcionários e prestadores de serviço de todas as unidades do país.
Nas iniciativas externas, o Carrefour diz que vai coordenar mutirões de castração pelo Brasil, organizar eventos de doação de animais em suas lojas e dar suporte para a estruturação do "Pet Day" - data comemorativa que já havia sido anunciada pela marca após um grupo promover uma manifestação em uma loja de Campinas, no interior paulista. A ideia é que na data - que será celebrada no dia da morte da cadela - sejam destinados recursos a entidades que atuam na causa animal.
Também informou que vai fazer uma parceria com a ONG Ampara Animal para viabilizar a produção de episódios e livros do projeto de conscientização infantil "O mundo animal de Bibi".
Além dessas iniciativas, O Carrefour também informou estar trabalhando com ONGs da cidade de Osasco. "Sabemos que ainda há muito a ser feito. E, por isso, esses são apenas os primeiros passos de um trabalho contínuo para contribuir para a causa animal, dentro e fora de nossas lojas", diz o anúncio.
A Delegacia do Meio Ambiente de Osasco apontou um segurança do Carrefour como o responsável pela agressão que resultou na morte de "Manchinha". O homem, que não teve o nome divulgado, deve responder em liberdade pelo crime de abuso e maus-tratos a animais, que é considerado de menor potencial ofensivo, ou seja, mesmo que seja condenado, ele não irá para a prisão.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, mais de 20 pessoas foram ouvidas durante a investigação e "foi constatada como causa da morte hemorragia provocada pela lesão sofrida".
Ao ser ouvido, o segurança admitiu que usou uma barra metálica contra o animal, porém negou a intenção de ferir ou matar a cadela. Relatório do Centro de Zoonoses de Osasco apontou o sangramento como causa da morte. O corpo do animal foi cremado.