Negócios

Câmara quer que Netflix invista 10% do faturamento em produções nacionais

Pela proposta aprovada em comissão, plataformas de streaming devem investir em obras com temas indígenas e feitas no Nordeste, Norte e Centro-Oeste

Netflix: empresa e outras plataformas de streaming deverão investir em produções nacionais caso o projeto seja aprovado (Gabby Jones/Bloomberg)

Netflix: empresa e outras plataformas de streaming deverão investir em produções nacionais caso o projeto seja aprovado (Gabby Jones/Bloomberg)

R

Reuters

Publicado em 21 de novembro de 2019 às 17h13.

São Paulo — A Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira proposta que obriga plataformas de conteúdo audiovisual, como a Netflix, a investirem 10% de seu faturamento anual bruto em obras produzidas no Brasil.

A proposta, que não valerá para plataformas que contam exclusivamente com publicidade para obter receita, ainda prevê que dentro do percentual, 50% sejam investidos em produções independentes, 30% em obras realizadas nas regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste, e 10% em conteúdo que aborde temas sobre grupos identitários.

As empresas que não cumprirem com a proposta serão submetidas à multa de até o dobro do valor que deveria ser investido.

Também incluso na proposta, está o pagamento de Condecine (Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional), com valor progressivo, variando de acordo com a receita anual das empresas.

O projeto ainda deverá ser aprovado em caráter conclusivo pelas comissões da Câmara de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, de Finanças e Tributação, de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Acompanhe tudo sobre:Câmara dos DeputadosCongressoNetflixStreaming

Mais de Negócios

Sem antenas, mas com wi-fi: esta startup chilena quer ser a "Netflix" da TV aberta

Esta empresa carioca fará R$ 100 milhões servindo (uma boa) comida de hospital

O retorno dos CDs e LPs? Lojas de música faturam R$ 14,7 milhões no e-commerce em 2024

Maternidade impulsiona empreendedorismo feminino, mas crédito continua desafio